Cidades

Padaria em SBC furta 7 milhões de litros de água

Uma padaria localizada no Jardim Laura, em São Bernardo, foi flagrada hoje furtando água da Sabesp. O responsável pelo imóvel foi levado para a delegacia pela Polícia Civil durante operação conjunta da companhia com a Secretaria Estadual de Segurança Pública.

O estabelecimento constava do cadastro da Sabesp desde 2013 com a ligação suprimida, ou seja, com o fornecimento de água suspenso. Entretanto, durante a vistoria realizada na manhã desta quinta-feira, foi constatado que a supressão havia sido violada. A estimativa é que nesse período tenham sido furtados quase 7 milhões de litros de água. A quantia é equivalente ao consumo diário de 46 mil moradores de São Bernardo. Na delegacia, o proprietário foi indiciado por furto. A pena para esse crime é de um a quatro anos de reclusão, além da aplicação de multa e do pagamento retroativo à Sabesp.

Residências também furtavam água

Durante a operação, outros três casos de furto em residências foram constatados nos bairros dos Casa, Alvarenga e Jardim Tupã. Em duas delas o hidrômetro estava manipulado e em outra a ligação era direta com a rede de abastecimento. Em todos os casos, os responsáveis também foram encaminhados à delegacia para o registro de boletim de ocorrência. Para identificar esse tipo de crime, a Sabesp trabalha com as equipes de caça-fraude, que acompanham o consumo e vistoriam os imóveis. Além disso, conta com a colaboração dos próprios moradores, que podem relatar casos suspeitos pela Central de Atendimento (195) ou pelo Disque-Denúncia (telefone 181). A chamada é gratuita e não exige a identificação de quem telefona. Nas operações conjuntas realizadas em janeiro de 2017, foram registrados outros 32 boletins de ocorrência contra furtadores de água na Região Metropolitana de São Paulo. Paralelamente, a Sabesp também realiza verificações diárias que também podem resultar em indiciamento. A fraude prejudica toda a população. Quem comete o crime não se preocupa com o desperdício, pois acredita que não irá pagar pelo alto consumo. É comum entre fraudadores deixar torneiras abertas e não consertar vazamentos. Isso se torna ainda mais grave depois da pior seca da história da Grande São Paulo, ocorrida entre 2014 e 2015.