Ajuda para pagar dívidas ou comprar presentes de fim de ano, o pagamento do 13º salário, tão esperado pelo brasileiro, deve injetar R$ 369,4 bilhões na economia até o dia 20 de dezembro.
Pago a todos que trabalham com carteira assinada e a servidores públicos, aposentados, pensionistas do INSS e de regimes próprios e cidadãos que recebem auxílios previdenciários, o montante irá beneficiar cerca de 95,3 milhões de brasileiros e equivale a 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), do total previsto, R$ 260 bilhões (70,4%), deverão ser pagos a empregados formais e R$ 109,5 bilhões irão para aposentados e pensionistas.
Os beneficiários do INSS receberão ao todo R$ 64,8 bilhões. Aposentados e pensionistas da União ficarão com uma fatia de R$ 9,9 bilhões, os do Estado receberão R$ 20,5 bilhões e R$ 14,2 bilhões serão destinados aos aposentados e pensionistas dos municípios.
O pagamento da 1ª parcela do 13º salário este ano deve ser feito até o dia 30 de novembro. Como a data cai num domingo, a legislação determina que empresas antecipem o depósito para o último dia útil bancário do mês, que será na sexta (28). O benefício tem impacto direto sobre as famílias brasileiras e, segundo o Dieese, continua sendo um grande estímulo à economia brasileira.
Tendo em vista o alto número de inadimplentes no Brasil, muitos consumidores deverão usar o benefício extra para pagar contas, alimentação ou pequenos gastos.
Segundo o indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em outubro deste ano, o Brasil tinha 72,17 milhões de consumidores negativados, o que representa 43,30% da população adulta do país.
A região Sudeste concentra 49,6% do valor total do 13º salário, seguido pelo Sul (17,3%) e Nordeste (16,4%). O valor médio do benefício este ano será de R$ 3.512, segundo estimativas do Departamento.
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