Política

Paulinho Serra: “o modelo atual de gestão não está funcionando, Sto. André deixou de crescer”

O pré-candidato a prefeito de Santo André, Paulinho Serra (PSDB), em entrevista exclusiva à Folha, na quinta (19), afirmou que já possui quatro partidos aliados PV, PHS, PRTB e PTB; tem apoio de quatro vereadores e de outros 205 pré-candidatos. Disse que a atual gestão deverá deixar um rombo de R$ 300 milhões nos cofres públicos e que sua principal vertente para a cidade é a retomada do desenvolvimento econômico.
Paulinho revela que sua campanha está bem estruturada. Disse que houve um consenso no PSDB sobre sua pré-candidatura, que recebeu o convite para ser pré-candidato, do governador Geraldo Alckmin, e que possui forte grupo de apoiadores. “Temos um grupo muito forte, que tem muita ligação com a cidade, porque foi construído em cima de um projeto claro para Santo André. Temos o PV, PHS, PRTB e o PTB e um total de 205 pré-candidatos a vereador”, conta. Além disso, recebe apoio de quatro vereadores Luiz Zacarias (PV), que está como vice-prefeito na chapa, Edson Sardano e Marcos Pinchiari (ambos PTB) e Donizeti Pereira (PV); e dos ex-vereadores Fernando Gomes, Dinah Zekcer e Marcelo Chehade.
O pré-candidato acredita que seus oito anos como vereador e os dois anos e meio a frente da Secretaria de Mobilidade Urbana e Obras do governo do prefeito Carlos Grana (PT) os deu muito experiência para liderar esse novo projeto político que propõe para a cidade. “Temos um diagnósticos muito preciso das necessidades da cidade do ponto de vista administrativo e também das necessidades da própria gestão. O atual modelo de gestão não está funcionando. Há mal gasto do dinheiro público”, disse.
Paulinho não acredita que sua passagem pelo governo Grana fez com que as pessoas o vinculasse com a imagem do governo petista. “As pessoas que me conhecem, sabem da minha história e acompanham as minhas ideias, sabem que eu nunca fui do PT, os dois partidos aos quais eu fui filiado são sociais democratas (PSD e PSDB), são partidos que têm uma outra linha de ação. A questão do projeto do Grana era um projeto de união da cidade, pra evitar que um desastre continuasse. Não deu certo mas, eu me orgulho de ter participado da gestão da minha cidade, porque ficou nisso tudo uma experiência fundamental para podermos construir esse novo projeto. As pessoas enxergam isso claramente”, revelou.
Para enfrentar seus adversários Aidan Ravin (PSB) e Carlos Grana (PT) Paulinho terá como “arma”, o novo projeto político. “Quem quer ter um projeto vencedor não pode escolher adversário. Pretendemos fazer uma campanha essencialmente propositiva. Não fazemos promessas. Precisamos retomar o crescimento da cidade”, disse. Paulinho revela que a atual administração deverá deixar uma dívida de R$ 300 milhões.  “Nosso primeiro desafio é por para funcionar o que já existe. A cidade deixou de crescer e perdeu a capacidade de gerar emprego e renda. Hoje, Santo André arrecada menos por habitante do que Diadema e temos o salário médio mais baixo da região metropolitana”, revelou.
O pré-candidato faz uma péssima avaliação do governo Grana. “A Prefeitura perdeu o rumo do desenvolvimento econômico, arrecada-se menos, a cidade está mais pobre do que já foi. E do outro lado a máquina pública foi só inchando, gastando mais e pior. Gastando com péssima qualidade o dinheiro público. Essa conta não fecha mais, então, além de retomarmos o crescimento, devemos fazer um choque de gestão e enxugar os gastos”, disse.

Pré-campanha
Paulinho tem percorrido diversos bairros da cidade, com o projeto “Santo André da Gente”, no qual ele e sua equipe ouve e conversa com a população. “Temos ido aos quatro cantos da cidade com o intuito de aproximar as pessoas da política. Voltar a enxergar Santo André com olhar de quem vive nela. Mais ouvimos do que falamos”, conta.
O tucano acredita que está crescendo na intenção dos votos. “Nós temos a sensação que nosso time está crescendo, as pessoas estão somando ao projeto porque estão vendo uma sinceridade, uma transparência, e bastante precisão nos problemas da cidade, não adianta falar que vai construir isso ou aquilo sem ter dinheiro, nós temos um programa muito pé no chão”, revelou.
Segundo o pré-candidato “por tudo que está acontecendo no País, as pessoas vão procurar aqueles que não estão envolvidos em nenhum tipo de escândalo, e nós não estamos. Pretendo que nossas ideias sejam levadas ao segundo turno, contra qualquer um dos dois pré-candidatos. Vamos manter o foco, mostrar que ambos já tiveram a chance, não mudaram o modelo e a cidade está sofrendo muito com isso”, afirmou.