Cidades

Paulistanos permanecem cautelosos nas compras de Natal

Assim como observado em 2015, a crise econômica afetou a intenção dos paulistanos em presentear no Natal. De acordo com sondagem realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 57,3% dos paulistanos pretendem dar presentes neste Natal, patamar muito próximo aos 56,8% apurados em 2015. O levantamento foi realizado com 1.115 consumidores no município de São Paulo nos dias 9 a 10 de dezembro.

 De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, no período compreendido entre os anos de 2009 e 2016, a intenção de presentear atingiu o seu nível mais baixo nos últimos dois anos. Essa proporção, que atingiu seu ápice em 2012, quando cerca de 84% dos paulistanos pretendiam presentear no Natal, caiu para 67% em 2013, 60% em 2014 e agora permanece no patamar de 57%

 Em termos nominais, o valor médio do presente subiu 5% de R$ 56 para R$ 59. Adicionalmente, a proporção de consumidores que pretendem gastar menos em relação ao ano anterior atingiu 53,5%, estável em relação a 2015. Já a proporção que planeja gastar mais caiu de 26,4% para 21,8%, o menor nível desde 2009, enquanto os que pretendem gastar igual subiu de 19,6% em 2015 para 23,9% em 2016, a maior proporção desde 2009. A análise conjunta desses dados corrobora a projeção da FecomercioSP de estabilidade nas vendas do Natal em relação ao ano passado.

 Em 2016, 52,4% dos entrevistados desejam comprar até três presentes, 29,4% de quatro a cinco, e 14,1% de seis a dez presentes. A escolha de presentear com vestuários, calçados e acessórios permanece no topo da lista de presentes, com 65,4% das respostas. Em seguida estão brinquedos (28,3%), perfumes e cosméticos (18,9%) e telefo ne celular (4,4%).

 

Sobre a forma de pagamento, 69,4% dos entrevistados pretendem pagar as compras à vista. Em 2015, esse número era de 72,7%. Já o cartão de crédito será o segundo meio mais utilizado, com 29,9% na comparação com o ano passado, quando a opção pelo pagamento no crédito era de 26,8%. Costumeiramente, a grande maioria dos consumidores declara ter intenção de pagar à vista, porém, ao se deparar com a facilidade de parcelamento sem juros (e sem descontos à vista) no cartão de crédito, muitos deles trocam de meio de pagamento na hora de efetuar a compra.

 Os presentes que os entrevistados mais gostariam de ganhar são vestuários, calçados e acessórios (28,5%), telefone celular (10,4%), perfumes e cosméticos (7,1%) e eletrodomésticos (6,5%).

 

Filho em primeiro lugar

De acordo com a sondagem realizada pela FecomercioSP, 31,1% dos paulistanos gastarão um valor maior no presente dos filhos, 25,4% no presente da mãe, 17,2% no de parentes e amigos (17,2%), enquanto os pais (1,9%) continuam em último lugar.

 A parcela de pais que levam os filhos para escolher presentes se manteve estável, 38,2% em 2016 contra 38,8% vistos em 2015. Além disso, 51,3% escolhem o presente dos filhos, e entre os 39,7% que deixam o filho escolher, 77,1% estabelecem um limite de valor para a compra, alta de 2,9 pontos porcentuais (p.p.) em relação a 2015.  

 Para a Federação, esse será um Natal do possível. Aparentemente o consumidor vai adotar um comportamento semelhante ao do ano passado, diante da crise. Se o resultado for confirmado, de acordo com os dados e projeções da FecomercioSP, o empate será considerado um bom desempenho diante dos últimos resultados que tem sido ruins em todas as datas comemorativas desde 2014.