Negócios

PIB avança 1,4% puxado pela Indústria e Serviços

Resultado foi influenciado, principalmente, pelos setores de Serviços (alta de 1%) e Indústria (1,8%)

   Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na terça (3), mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 1,4% no segundo semestre, chegando a R$ 2,9 trilhões entre abril e junho, acima da expectativa do mercado financeiro, que estimava alta de 0,9%. Este é o maior crescimento desde o quarto trimestre de 2020, quando a economia cresceu 3,7%.

   O resultado foi influenciado, principalmente, pelos setores de Serviços (alta de 1%) e Indústria (1,8%), que compensaram a queda na agropecuária (2,3%). Segundo análise de Sebrae, o cenário positivo deve ser comemorado, uma vez que o Brasil enfrentou momentos críticos com a paralisação das atividades no Rio Grande do Sul, por causa das enchentes, que aconteceram entre abril e maio.

   “Analistas previam que haveria um recuo na economia. O importante é que muitas vidas foram salvas naquele momento e, agora, estamos trabalhando para a retomada da economia local para que possa também contribuir para o crescimento do país ao longo do ano”, comenta o presidente do Sebrae, Décio Lima. Analisando a demanda, o consumo das famílias e o consumo do governo cresceram à mesma taxa (1,3%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos), subiu 2,1%.

   Comparado ao mesmo trimestre de 2023 (abril a junho), o PIB avançou 3,3%. Todos os setores dos Serviços tiveram taxas positivas nessa comparação. Os destaques foram nas áreas de “informação e comunicação” (6,1%), “outras atividades de serviços” (4,5%), “atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados” (4,0%), “comércio” (4,0%) e “atividades imobiliárias” (3,7%).

   A alta de 3,9% na Indústria foi impulsionada pelo setor de “eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos”, que subiu 8,5% ante o mesmo trimestre de 2023. A “construção”cresceu 4,4%.

 Pequenos Negócios

   Os pequenos negócios têm registrado significativos números na economia brasileira. No acumulado do primeiro semestre deste ano, as microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) foram responsáveis pela geração de seis em cada 10 novos empregos.

   Segundo levantamento do Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre janeiro e junho, o setor gerou mais de 777,2 mil novos postos de trabalho. Somente em junho, das mais de 201,7 mil vagas criadas no país, os pequenos negócios foram responsáveis por 115,9 contratações (57,5%).

   Em agosto, de acordo com o levantamento do Sebrae, os setores que lide-raram a geração de empregos, entre as MPE, foram de Serviços (49.018 vagas), Comércio (27.443 empregos) e Construção (com 18.753).