Saúde

Piscar em excesso pode indicar problemas oculares

Piscar é essencial para lubrificar os olhos e remover impurezas da superfície ocular

Piscar é essencial para lubrificar os olhos e remover impurezas da superfície ocular. Quando piscamos ajudamos a renovar o filme lacrimal, uma fina camada de líquido que além de proteger os olhos dos agentes externos, fornece nutrientes e oxigênio à córnea, estrutura transparente que cobre a frente do globo ocular.

Após o nascimento, o bebê pisca cerca de duas vezes por minuto, sendo que a quantidade aumenta com o avanço da idade e chega a 10 vezes por minuto na adolescência. Já na idade adulta, a média é de 15 a 20 vezes por minuto, ou seja, uma piscada a cada 3 ou 4 segundos, o que é muito saudável para os olhos.  

“Na maioria das vezes, o movimento de abrir e fechar os olhos acontece automaticamente, de forma involuntária, mas também pode ser voluntário, por exemplo, quando decidimos fechar os olhos ao acender uma lâmpada ou para dormir”, explica Matheus Bedendo Rodrigues da Silva, neuro-oftalmologista do H.Olhos.

Um cuidado importante é perceber se as piscadas se tornaram frequentes e persistentes. “Piscar demais pode ter relação com estresse, com o uso de alguns medicamentos, com problemas oculares ou outras condições”, complementa o médico. O médico cita algumas delas: 

– disfunção das glândulas de Meibomius, responsáveis pela produção e secreção do meibum, substância oleosa que impede a evaporação do filme lacrimal;

– blefarite, inflamação das pálpebras que pode causar irritação, coceira e, em alguns casos, olhos secos;

– erros refracionais como a miopia, hipermetropia e astigmatismo que, sem correção, tendem a sobrecarregar os olhos;

– casos de estrabismo, em que é preciso compensar a visão embaçada ou dupla;

– quando os olhos estão secos, irritados ou com algum corpo estranho.

O excesso de piscadas pode causar incômodo, afetar tarefas do dia a dia como ler e dirigir, além de ser prejudicial para os olhos. O tratamento vai depender da causa e pode envolver a indicação de óculos para a correção do grau, o uso de colírios lubrificantes ou outras medidas. O ideal é consultar o oftalmologista para fazer uma avaliação e obter o diagnóstico correto. 

Foto: Divulgação – Freepik

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