Pesquisas levadas a efeito por organismos internacionais mostram que o futuro de nossa juventude não é róseo e dourado como diziam as poesias do século passado. Ao contrário, as perspectivas são pessimistas. Projeções alarmantes para um cenário em que nada se fizer, sobre o amanhã dos adolescentes de hoje.
O maior problema é o das emergências climáticas. Quando adultos, os jovens passarão toda a sua existência em um planeta onde a temperatura média anual global será, constantemente, 0,5º C mais alta do que a dos anos anteriores.
Isso afetará a saúde de maneira imediata, seja pelos fenômenos extremos, seja de forma crônica. Aqui, levando à insegurança alimentar e a transtornos mentais. Há evidências científicas de que a poluição afeta negativamente a cognição e a saúde respiratória.
Como eles são “nativos digitais”, permanecem horas manuseando as telinhas, são vítimas dos transtornos mentais, atualmente a principal causa de perda de anos de vida saudáveis. Experiências importantes para o desenvolvimento social e emocional dos adolescentes acontecem mais online do que na vida real.
Quase quinhentos milhões de adolescentes viverão com obesidade ou sobrepeso já em 2030. Metade dos dois bilhões de adolescentes no mundo viverão em países afetados por doenças transmissíveis e crônicas e um excesso de lesões. Milhões de anos de vida saudável dos adolescentes serão perdidos com transtornos mentais ou suicídios. Além disso, estarão expostos a níveis de instabilidade econômica e política ausentes de nossa História desde a segunda guerra mundial.
Daí a urgência e a imprescindibilidade do Triplo Dividendo: investir na saúde do adolescente é benefício não só para ele, jovem de hoje, mas para o adulto em que se tornará e também para a geração de crianças das quais ele se tornará pai. A cada dólar investido na saúde de adolescentes, o retorno será de, no mínimo, dez dólares.
Estarão todos os governos – e as respectivas sociedades civis – atentos a tal cenário? E o que você está fazendo para cobrá-los?
Adicione um comentário