
A Polícia Civil de Santo André fez flagrante, na segunda (6), em uma adega clandestina de bebidas alcoólicas adulteradas na Vila Príncipe de Gales. O 4º DP do município recebeu uma denúncia anônima que apontava que imóvel situado à rua Pedro Taques, n°118, na Vila Príncipe de Gales, manuseava e envasava bebidas falsificadas para a comercialização.
“Tratava-se de uma residência. Então, a equipe de investigação da delegacia recebeu uma denúncia anônima indicando que o proprietário falsificava bebidas alcoólicas. Ele pegava rótulos de marcas famosas como Tanqueray, Johnny Walker e colocava bebidas bem mais baratas em média de R$10 R$15, de marcas desconhecidas, dentro dessas garrafas, lacrava, ele tinha uma prensa própria pra fazer essa lacração e, segundo ele, revendia para bailes funks realizados nas comunidades no ABC”, explica a delegada Nathalie Murcia do 4º DP de Santo André.

No estabelecimento, localizado na rua Pedro Taques, 118, foram localizados invólucros contendo essências diversas e corantes, máquina lacradora de bebidas, soprador e pistola de cola quente, selos de autenticidade, rótulos de marcas, tampas, garrafas contendo os líquidos de menos valor (R$10 e R$15). Também foram apreendidas mais de 1 mil garrafas com bebidas alcoólicas adulteradas, entre whiskey e destilados de marcas Jack Daniel ‘s, Tanqueray
Para realizar o flagrante, houve o monitoramento do proprietário do estabelecimento, por três dias. Na segunda (6), J.P.R saiu dirigindo um veículo Fiat Uno, com diversas caixas no banco traseiro. Então, foi realizada a abordagem. Dentro das caixas havia uma expressiva quantidade de rótulos de marcas famosas, sem o conteúdo.

J.P.R admitiu à polícia que falsificava bebidas alcoólicas e explicou que colocava bebidas de valor bem inferior e as colocava dentro de garrafas de marcas famosas, após misturá-las com essências. Então, as distribui para o consumidor final, especialmente em bailes funks promovidos nas comunidades do ABC.
Foi requisitada perícia no local, que constatou que a amostra analisada apresenta falha na impressão da tampa e falhas na impressão na tinta da tampa, indicativos de contrafação.
De acordo com a polícia, as condições insalubres do local onde eram manuseadas as bebidas, somado ao fato de diluição junto à água não potável e essências e corantes no preparo das bebidas, sinalizam para a existência do crime contra a saúde pública em detrimento da tipificação prevista na lei de Crimes Contra a Ordem Econômica e Relações de Consumo. As garrafas, rótulos, bebidas e todo o material apreendido foram depositados para o representante da ABRABE (Associação Brasileira de Bebidas).
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