
Há 53 anos produzindo, sem parar, toda e qualquer matéria-prima que faz a indústria brasileira funcionar. O Polo Petroquímico do Grande ABC é o primeiro do País. Inaugurado em 15 de junho de 1972, completou 53 anos este ano.
O Polo move o país, é responsável pela produção de matérias-primas que são utilizadas pelas indústrias de transformação. Essas matérias-primas são usadas para fabricação de itens usados no dia a dia, como embalagens de alimentos, cosméticos, produtos de limpeza, materiais plásticos, tintas e vernizes, pneus, peças e acessórios dos veículos, fibras têxteis, fertilizantes, componentes para computadores, celulares, brinquedos e milhares de outros produtos manufaturados.
É formado por diversas empresas que atuam a extensa cadeia produtiva do setor, incluindo desde refinaria de petróleo até engarrafadoras de gás, que alimentam centenas de outras indústrias químicas e plásticas da região.
Com grande importância econômica para o Brasil, no ABC, o Polo é responsável por, aproximadamente, 30% da receita do município de Santo André e 60% do município de Mauá.
Com um faturamento de R$ 11 bilhões (2021), o Polo Petroquímico do ABC é uma das mais importantes cadeias produtivas do ABC, gerando mais de 10 mil empregos diretos e indiretos e milhões de reais em impostos.
No faturamento nacional, das tintas, vernizes e esmaltes fabricados no país, 56% são feitos no Polo. Dos produtos de limpeza e afins, 49%, transformação da borracha, 34%, e fibras sintéticas e artificiais, 32%.
Sua localização, entre os municípios de Santos André, Mauá e São Paulo, é próxima ao maior centro de consumo de produtos químicos do Brasil e do Porto de Santos, reforçando sua importância para as empresas sediadas na região.
Quando iniciou suas atividades, o Polo era composto por uma refinaria e uma central de matérias-primas, a PQU, que fornecia para 39 empresas espalhadas por todo o ABC produtos básicos e intermediários gerados na central. Com o início de funcionamento da PQU, boa parte das importações de petroquímicos foram substituídas e iniciou-se, de fato, o ciclo de implantação da indústria petroquímica brasileira. Além do impacto econômico, o Polo promove o desenvolvimento social e humano das comunidades inseridas no seu entorno.
Em 2015, surge o COFIP ABC (Comitê de Fomento Industrial do Polo ABC), visando gerar sinergia entre as indústrias, o poder público e a comunidade do entorno. A entidade segue como grande articuladora de ações compartilhadas entre as empresas presentes no Polo.
Em 2022, ocorreu a institucionalização do Polo a nível municipal, quando as prefeituras de Mauá e Santo André assinaram os decretos municipais delimitando a área do Polo Petroquímico, como um complexo de indústrias e empresas do setor químico, petroquímico e engarrafamento de GLP. Na ocasião, também, foi instaurado o CGG – Comitê Gestor de Governança que reúne permanentemente um diálogo entre iniciativa privada, poder público e sociedade civil.
Agora, entidades da região buscam a institucionalização nas esferas federal e nacional. Dirigentes defendem a ação. Confira.
“O futuro da indústria química mundial aponta para o Brasil. As oportunidades colocadas à mesa podem contribuir para que o país, o sexto maior mercado global, se consolide como referência. Um salto que passa pela elaboração de políticas públicas efetivas, a aplicação de incentivos, o constante diálogo com representantes da indústria química nacional e por investimentos em inovação, com a transição energética indo de encontro ao anseio do mundo quanto à sustentabilidade.
Potencial que o Brasil carrega e que temos desenvolvido e incentivado em São Paulo, o maior polo químico do Brasil. É aqui que abrigamos as principais empresas do setor e contamos com uma infraestrutura estratégica, inclusive com o Porto de Santos, o maior da América Latina. A indústria química paulista é fundamental para a economia nacional, sendo responsável por quase metade do Valor de Transformação Industrial (VTI) do setor no país. Razões que fazem investirmos em políticas de incentivo à inovação e que promovem avanços em energia limpa. A adoção de práticas sustentáveis é uma prioridade crescente para o setor químico em São Paulo e o que pode fazer a diferença frente aos demais mercados globais para que o Brasil tenha o seu lugar de destaque”
Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo)
“Aguardamos os reconhecimentos de institucionalização do Polo por meio estadual e federal, uma vez que entendemos que o somos o mais antigo polo petroquímico do país e esse reconhecimento é mais do que cabível. A institucionalização do Polo atende à necessidade de seguirmos protocolos de boas práticas nacionais e internacionais, comparados aos demais polos petroquímicos existentes e também contribui com os esforços de revisão dos Planos Diretores e das legislações de zoneamento em realização pelos municípios, além de garantir condições de segurança para todos”
Francisco Ruiz (gerente executivo do Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC -COFIPABC)
“Para a Cabot, estar inserida no Polo Petroquímico do ABC representa fazer parte de uma cadeia de alto valor, marcada pela proximidade e sinergia entre empresas que compartilham objetivos de inovação, eficiência e sustentabilidade. Essa integração facilita o recebimento de matéria-prima, promove o intercâmbio de soluções e possibilita uma produção mais sustentável e conectada. O Polo tem papel fundamental no desenvolvimento econômico e social da região do ABC, gerando empregos e apoiando projetos sociais nas comunidades do entorno. Esse impacto positivo está totalmente alinhado a dois pilares que norteiam a atuação da Cabot: responsabilidade social e sustentabilidade”
Max Araujo (gerente geral da Cabot Brasil)
“O Polo Petroquímico do ABC é um verdadeiro motor de desenvolvimento não apenas para a nossa região, mas para toda a indústria química nacional. O complexo tem um papel fundamental para a cadeia produtiva de um setor estratégico para o país, gerando empregos diretos e indiretos. Além de movimentar a economia local, o Polo Petroquímico contribui significativamente para a balança comercial brasileira. O ABC, conhecido nacionalmente como berço da industrialização brasileira, ganha ainda mais força com a presença do Polo Petroquímico há mais de 50 anos. Por isso, é fundamental a união entre o poder público, setor privado, trabalhadores e a sociedade para fortalecer cada vez esse marco da indústria química brasileira e patrimônio do ABC”
Marcelo Lima (presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC e prefeito de São Bernardo)
“Parabenizo os 53 anos do Polo Petroquímico, um símbolo da força industrial do nosso estado e da importância da nossa região para o desenvolvimento do Brasil. Seguimos lutando por mais empregos, sustentabilidade e valorização dos trabalhadores que movem essa potência”
Rômulo Fernandes (deputado estadual)
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