COFIP ABC e PAM Capuava promovem campanha para alertar sobre os perigos de soltar balões
Mesmo sendo crime no país, conforme a Lei Federal 9.605 (Lei de Crimes Ambientais), a fabricação, comercialização, transporte ou soltura de balões ainda é comum no Brasil e se intensifica no mês de junho, quando ocorrem as Festas Juninas. Na região do ABC, no período entre janeiro e abril deste ano, nove balões caíram nas plantas industriais das empresas do Polo Petroquímico.
Somente no mês de fevereiro, seis balões caíram em áreas industriais do Polo, alguns ainda em chamas. Porém, o número de balões soltos na região é muito maior, uma vez que estes dados se referem apenas à mensuração realizada pelo Plano de Auxílio Mútuo (PAM Capuava), que registra a queda de balões dentro das empresas pertencentes ao grupo de brigadistas.
“Infelizmente, espera-se que o número de balões tenda a aumentar com relação ao mês de fevereiro – que já espantoso, porque, além da festa junina, há a Copa do Mundo de Clubes, o que estimula os grupos a soltarem mais balões”, comenta Valdemar Conti, coordenador do PAM Capuava.
Neste contexto, o Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (COFIP ABC) e o PAM Capuava promovem a campanha a Campanha “Balão: Nem sempre cai na mão”, com o objetivo de alertar sobre os perigos de soltar balões.
Realizada anualmente, a campanha deste ano, traz o slogan em alusão à música “cai, cai balão”, para quebrar o paradigma de que o balão deva fazer parte das comemorações juninas.
Para o gerente executivo do COFIP ABC, Francisco Ruiz, o trabalho do PAM é importante dentro das empresas, mas dos muros para fora é a comunidade e o poder público que devem apoiar esta causa. “A campanha, que realizamos desde 2015, visa conscientizar crianças e adultos de que o balão é um perigo mortal e causa destruição e morte”, destaca Ruiz.
O coordenador do PAM Capuava, Valdemar Conti, explica que os brigadistas das empresas que participam do PAM Capuava recebem treinamentos regulares de segurança para agir rapidamente em casos de emergências envolvendo quedas de balões no Polo. “Os profissionais vigiam o céu 24h por dia. Caso algum balão seja avistado ou esteja próximo de cair em uma das empresas, utilizamos um sistema exclusivo de comunicação do PAM, para informar a todos pelo rádio e buscar abater o artefato ou interceptá-los por canhões com jatos de água ou extintores, evitando acidentes e incêndios”, destaca Conti.
Em 2024, um total de 44 balões foram registrados, sendo a metade nos meses de junho e julho. A soltura de balões é considerada conduta delitiva, sujeita a penalidades que podem resultar em até três anos de detenção. Denúncias podem ser feitas pelos telefones 181 e 190.
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