Segundo dados da Pesquisa ASSERT Preço Médio da Refeição, elaborada pelo Instituto Datafolha em novembro de 2016, o trabalhador de Santo André é o que mais gasta para se alimentar fora de casa na região metropolitana: R$ 35,01. Este valor, que corresponde a uma refeição composta por prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café, equivale a um aumento de 31% em relação ao ano anterior.
A cidade é a mais cara entre as nove da Grande São Paulo que participaram da pesquisa, inclusive ficou à frente de São Paulo, capital, que tem um preço médio de R$ 33,82 para a refeição completa.
Com base no preço médio de R$ 35,01 em Santo André, um trabalhador que na data da realização da pesquisa (novembro de 2016) recebia apenas um salário mínimo nacional (R$ 880), e não tinha o benefício do voucher-refeição, desembolsava mais de 87% de seu salário para se alimentar fora de casa durante sua jornada de trabalho, considerando 22 dias úteis, de segunda à sexta-feira.
Confira abaixo os preços por cidade da Região Metropolitana de São Paulo.
Cidade |
Preço |
Santo André |
R$ 35,01 |
São Paulo |
R$ 33,82 |
São Caetano do Sul |
R$ 31,73 |
Barueri |
R$ 30,94 |
Osasco |
R$ 29,67 |
São Bernardo do Campo |
R$ 29,26 |
Guarulhos |
R$ 28,67 |
Taboão da Serra |
R$ 28, 16 |
Diadema |
R$ 27,23 |
Diante desse cenário de preços, o sistema de voucher-refeição tem um impacto positivo real na vida dos brasileiros e até mesmo na economia. O benefício é viabilizado no País por meio do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho, que busca a complementação alimentar do trabalhador com o compartilhamento de responsabilidades entre o Governo e empresas. O PAT é considerado referência mundial e beneficia, atualmente, mais de 20 milhões de trabalhadores, sendo que 85% destes ganham até cinco salários mínimos.
Segundo Paula Cavagnari, diretora-presidente da ASSERT, a pesquisa é mais um serviço que a associação presta à sociedade e ao governo, pois além de apresentar o cenário dos preços das refeições fora do lar, o levantamento tem por objetivo verificar a percepção dos proprietários dos estabelecimentos comerciais em relação ao aumento da demanda por uma alimentação saudável. “De acordo com o estudo, aproximadamente cincos em cada dez responsável pelos estabelecimentos acreditam que os clientes estão mais preocupados com uma alimentação saudável, ou seja, com uma dieta equilibrada, com o consumo de verduras, legumes, grãos, proteínas, frutas e sucos naturais”, comenta Paula.