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Professores da FGV comentam o aumento da taxa de juros dos EUA

O Federal Reserve (FED), banco central americano, elevou a taxa de juros pela segunda vez em três meses e sinalizou que qualquer aumento futuro no custo do dinheiro neste ano será gradual. O índice subiu 0,25 ponto percentual, para 1%.

Para o economista Mauro Rochlin, professor dos MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV), a alta, inicialmente, não vai significar mudanças na economia brasileira. “Caso os aumentos sejam mais intensos durante os próximos meses, os fundos norte-americanos que investem no Brasil podem migrar para o seu país de origem. Mas, por enquanto, não devemos nos preocupar”, afirmou.

Opinião compartilhada pelo professor da FGV/EPGE, Antonio Carlos Porto Gonçalves, que ressalta que o Brasil pode sair um pouco mais fortalecido. “A economia mundial está aquecida. Mesmo o país tendo pouco comércio exterior, pode aproveitar e melhorar os resultados”, analisa.

Ainda segundo ambos, a mensagem que o FED envia é a de que, quase oito anos após o fim da recessão, a economia não precisa mais do apoio de taxas de juros ultrabaixas e está saudável o suficiente para resistir ao aperto no crédito.