O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores optaram por respeitar o prazo imposto pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e anunciaram, na terça (11), em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, com a presença de líderes e militantes, o candidato Fernando Haddad e Manuela D’Àvila, como candidatos a presidente e vice, respectivamente.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, apresentou a decisão de Lula e a posição do partido, sem jamais deixar de lado a indignação. “Hoje é um derradeiro, um dia determinado pela Justiça. Mas não é um dia de derrota. Mas dor, indignação e revolta, que são o fermento da nossa luta. E é desse fermento que aceitamos o desafio do presidente Lula, de não deixar o povo brasileiro sem alternativas”, disse.
Carta de Lula
O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh leu uma carta na qual o ex-presidente formalizou seu apoio irrestrito à nova chapa. Lula ainda reafirmou sua indignação diante da ‘prisão política e do desrespeito do país ao clamor internacional e da ONU’.
“Eu sei que um dia a verdadeira Justiça será feita e será reconhecida minha inocência. E nesse dia estarei junto com Haddad para fazer o governo do povo. Vocês me conhecem e sabem que eu jamais desistiria de lutar. Perdi minha companheira Marisa, amargurada com tudo o que aconteceu a nossa família, mas não desisti, até em homenagem a sua memória. Enfrentei as acusações, denunciei as mentiras e abusos em todos os tribunais”, escreveu.
Lula garantiu que ele, Haddad, Manuela farão o que for preciso para retomar o projeto que fez o país feliz por tantos anos, construindo um futuro ainda melhor. Onde todos tenham oportunidades e ninguém tenha privilégios. “Se querem calar nossa voz e derrotar nosso projeto para o País, estão muito enganados. Nós continuamos vivos, no coração e na memória do povo. E o nosso nome agora é Haddad.”