Restrições Alimentares: Aprenda a conviver com elas
Cada dia que passa cresce o número de pessoas que apresentam alguma restrição alimentar. Além da intolerância à lactose, outra restrição que vem atingindo muitos brasileiros é a doença celíaca, caracterizada pela inflamação do intestino delgado quando a pessoa ingere algo que contém glutén, uma proteína encontrada no trigo e derivados. Segundo as culinaristas da High Gastronomy (escola de gastronomia de Jundiaí-SP),Kika Moreira e Simone Borsolari, especializadas em alimentação isenta de glutén, lactose e açúcar, dezenas de pessoas as procuram após o diagnóstico de restrições alimentares. Kika explica que “em algumas pessoas o glutén desencadeia uma forte reação inflamatória no intestino delgado, cuja a função é absorver nutrientes. Com a inflamação do órgão, a superfície de absorção é reduzida causando diferentes sintomas como diarréias, intestino preso, perda de peso, inchaço nas pernas e anemias”. Segundo uma pesquisa feita pela Associação dos Celíacos do Brasil (ACELBRA), a estimativa é de que cerca de um em cada 300 indivíduos possui a doença celíaca.
O tratamento para a doença celíaca é basicamente a dieta isenta de glutén. Uma dica das especialistas é trocar a farinha de trigo pelas de arroz, féculas e outros grãos e produzir seus próprios alimentos. Além disso, para evitar qualquer transtorno, os celíacos devem tomar cuidado extremo com contaminações provocadas pelo glutén suspenso no ar como em situações do tipo: Não assar no mesmo forno, ao mesmo tempo, alimentos com e sem glutén; não esquentar o pão de um celíaco na mesma torradeira/tostadeira/forninho que costuma esquentar pães comuns.
