Jennyfer Marques Parinos nasceu em Santos e, atualmente, mora em São Bernardo, onde treina tênis de mesa no Centro Paralímpico Brasileiro. Diagnosticada com raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X (XLH), Jennyfer conta que com 1 ano e meio de idade, quando aprendeu a andar, sentia muitas dores e reclamava bastante levando as mãos aos joelhos.
Portadora de uma doença rara, Jennyfer aprendeu a ignorar o bullying, superou-se física e mentalmente e, hoje, representa a seleção brasileira paralímpica de tênis de mesa e participa de sua 2ª Olimpíada. “Sinto muito orgulho e alívio. Para garantir a vaga, precisei ganhar da atual campeã mundial, Iryna Shynkarova. Foi muito emocionante! Com muita dedicação, foco e concentração, consegui atingir o objetivo”, revela a atleta. Em relação à pandemia, Jennyfer comenta que a seletiva estava marcada para acontecer em abril de 2020. “Fiquei muito ansiosa por não estar classificada ainda.
Neste período, além dos jogos adiados, o Centro Paralímpico também fechou. A solução que encontrei foi continuar treinando sozinha em casa. Comprei mesa, bolas e mantive essa rotina por três meses. Quando o Centro Paralímpico reabriu, continuei com as preparações para a seletiva, rea-lizada em junho de 2021, na Eslovênia”, revela. Jennyfer segue rotina de treinos, divididos em mesa, academia, psicologia e fisioterapia. Seus principais adversários são China, Polônia e Coréia. A atleta deixa uma mensagem: “Muito obrigada por estarem sempre comigo. O apoio de vocês faz toda a diferença! Nunca desistam dos seus sonhos e conto com a torcida de vocês em Tóquio”.