Cidades Santo André

Samir Jomaa, do Shabab’s: “É preciso acreditar e ter vontade de vencer”

Sami, Ami e Samir Jomaa

   Desde 1978, as esfihas Shabab’s são uma verdadeira tradição na cidade. A história começou com a guerra civil no Líbano (1975-1990) e uma despretensiosa viagem de férias ao Brasil do libanês Samir Jomaa, sócio-proprietário da Esfiha Shabab’s. Em 1975, ele veio visitar três irmãos que já moravam aqui e planejava voltar, mas, poucas semanas depois, o conflito estourou e os aeroportos foram fechados. O tempo passou e, após dois anos sem renda, decidiu que precisava trabalhar. Foi então que, junto com o irmão Ahmad Jomaa; o cunhado, Abdul Nehm e o conterrâneo Ali Raiab, resolveu abrir um restaurante de comida libanesa.

   O nome da Esfiha Shabab’s tem origem na forma carinhosa como tios libaneses se referiam aos sobrinhos que moravam no Brasil: shab, que significa jovem em árabe, e shabab, grupo de jovens. A adaptação com a apóstrofe abra-sileirou o nome.

   “Acima de tudo, é preciso acreditar e ter vontade de vencer. Hoje, fico feliz em ver meu filho mantendo a tradição e reconhecendo nosso esforço”, afirma Samir Jomaa, aos 81 anos. Sami cresceu dentro da esfiharia, ajudando o pai desde os 10 anos. E pelo jeito, o legado continua: seu filho, o pequeno Amir Jomaa, já demonstra intimidade com a cozinha.

   O tempero e o paladar são fiéis às raízes da família. “Se você for ao Líbano ou a qualquer lugar do Mediterrâneo e pedir um prato, vai notar que é muito semelhante ao nosso daqui”, garante Sami. Hoje, pai e filho comandam um time de 37 funcionários que mantêm viva essa tradição de sucesso.

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