
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) oficializou, na última semana, a criação da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher no município de Santo André, por meio da Resolução nº 967/2025. A medida é resultado de articulação da deputada estadual Ana Carolina Serra (Cidadania), atendendo a uma solicitação do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
A nova Vara será responsável por processar, julgar e executar os casos de violência doméstica e familiar, conforme previsto na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006). A especialização do serviço visa assegurar uma resposta mais rápida e eficiente, com foco na proteção e garantia dos direitos das mulheres vítimas de violência.
“A demanda foi apresentada à nossa Frente Parlamentar de Combate às Vulnerabilidades pelo Conselho. A partir disso, iniciamos um diálogo com as conselheiras, o Fórum de Santo André e o Tribunal de Justiça. Após esse processo de escuta, solicitamos oficialmente a instalação da Vara, que agora é realidade”, afirmou Ana Carolina Serra.
A Juíza Teresa Cristina Cabral, responsável pelo Anexo de Violência Doméstica da Comarca de Santo André, ressaltou a importância histórica da medida. “A criação da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Santo André é uma conquista extremamente relevante para a garantia dos direitos humanos das mulheres e aplicação da Lei Maria da Penha. Resultado de uma construção coletiva que qualifica o acesso à justiça. Um marco histórico no enfrentamento das violências”, afirmou.
Regina Célia Cesar, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, também celebrou a conquista. “Essa era uma reivindicação antiga das mulheres de Santo André. A atuação firme da deputada foi essencial para fortalecer políticas públicas voltadas à proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade. É uma conquista concreta no combate à violência de gênero e reafirma o papel do Parlamento como agente de transformação social”, declarou.
Com a criação da nova Vara, o município deixará de contar apenas com um Anexo de Violência Doméstica, vinculado às Varas Criminais da Comarca, que não dispunha de estrutura física e equipe especializada. Agora, a unidade própria garantirá espaço físico adequado e recursos humanos capacitados, de acordo com os parâmetros estabelecidos pela Lei Maria da Penha.
Adicione um comentário