São Bernardo do passado… e do futuro…

São Bernardo do  passado…

• São Bernardo, era predominantemente rural até o início do século XX, passou a abrigar concentrações de trabalhadores industriais no final do século XIX. O primeiro registro do fenômeno surge em 1876, relacionado à uma serraria movida a vapor, construída nas proximidades da Estação Rio Grande da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.

•    Na década de 1890, surgem na sede do município – atual centro de São Bernardo – algumas pequenas indústrias associadas aos imigrantes do Núcleo Colonial São Bernardo: fábricas de bebidas, como as dos alemães Carlos Prugner e Carlos Herbst, que ocupam alguns poucos operários; e fábricas de charutos, as quais chegaram a empregar algumas dezenas de trabalhadores.

• Wallace Cochrane Simonsen foi o principal articulador do movimento político que, em 30 de novembro de 1944, conseguiu o desmembramento do território de São Bernardo do restante da região do ABC. Também foi prefeito e administrou o Banco Noroeste, cuja agência em São Bernardo havia sido inaugurada em 1943, em um sobrado localizado na esquina da Rua Marechal Deodoro com a Rua Dr. Fláquer. Este imóvel foi demolido em 1953, para a construção do Edifício Wallace Simonsen, primeiro arranha céu da cidade, inaugurado em 1956.

• A partir da década de 1910 o setor têxtil e, sobretudo, moveleiro, passaram a concentrar a maioria dos trabalhadores industriais no entorno da Rua Marechal Deodoro. Em 1910, surgiu a pioneira e seminal fábrica de móveis de João Basso e a Tecelagem de Seda Villa de São Bernardo. No início dos anos 1930, a fabricação de autopeças no Brasil, que começou de forma artesanal e improvisada na virada do século XX, foi impulsionada pela crise econômica mundial, que dificultou o acesso a veículos e peças importados. Dessa forma, surgiram na Capital empresas como a C. Fabrini S.A. e a Arthur Eberhardt& Cia (1934), as quais, posteriormente, instalariam grandes plantas industriais em São Bernardo.

• A partir de 1952, houve o início do processo de instalação das grandes empresas automotivas, como a Willys-Overland (1952) e a Volkswagen (1953) em São Bernardo.
• Em 1965, São Bernardo começou a atrair as lojas de móveis, como a Irmãos Todesco e a Móveis ABC. 

São Bernardo do futuro…

São Bernardo é um polo industrial histórico, especialmente no setor automobilístico, com grandes montadoras como Volkswagen, Mercedes-Benz e Scania. “A indústria gera muitos empregos e é vital para a economia local e para as exportações. Além do setor automotivo, há também indústrias químicas e metalúrgicas diversificadas. A cidade passa por modernização tecnológica para manter a competitividade”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Rafael Demarchi.

   Além do polo industrial, São Bernardo se destaca pela localização estratégica perto das rodovias Anchieta e Imigrantes, facilitando o acesso aos portos e ao interior. “A cidade vai abrigar grandes centros logísticos, como os da Prologis, referência em galpões modernos, e da Shopee, que utiliza a região para distribuição rápida. Essa infraestrutura atrai empresas que buscam eficiência no transporte e armazenagem. A logística robusta impulsiona a economia local e fortalece São Bernardo como polo de investimentos”, conta o secretário.

   Hoje, São Bernardo se destaca economicamente pela geração de empregos na indústria, no setor de serviços e logística. A presença de grandes empresas e centros logísticos gera receita significativa para o município por meio de impostos e investimentos.

   O polo industrial continua atraindo investimentos, impulsionando o desenvolvimento econômico. Além disso, a cidade tem se beneficiado do crescimento do setor de comércio eletrônico e logística, ampliando oportunidades de trabalho. “Esse dinamismo contribui para o retorno financeiro e a melhoria da qualidade de vida local”, diz Rafael.