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São Bernardo sanciona lei que altera nome da GCM para Polícia Municipal

“Estamos dando um grande avanço com essa lei”, disse o prefeito Marcelo Lima

O prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima, realizou, nesta sexta (28), ato simbólico de sanção da Lei que altera o nome da GCM (Guarda Civil Municipal), que passa a ser denominada Polícia Municipal de São Bernardo. Na sexta (21), o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou as guardas municipais de todo o país a atuar como polícia.

 “Estamos dando um grande avanço com essa lei. A sanção da lei, criando a Polícia Municipal de São Bernardo, dá a segurança jurídica. Muitos sofreram com sanções, passaram por sindicância, por dificuldade na ouvidoria e corregedoria, porque muitas vezes, no momento da ação de proteger a sociedade, acabava indo muito além do que aquele estatuto ou que a lei garantia, mas por entender que a segurança e a vida das pessoas estão acima de tudo”, afirmou Lima.

De acordo com o prefeito, São Bernardo chegará a ter um efetivo de 1,6 mil policiais municipais ao longo do governo. Além disso, disse que, em breve, a cidade também terá 100% de monitoramento por meio de câmeras de seguranças. “Vamos chegar, ao longo do nosso governo, a 1,6 mil homens e mulheres trabalhando na Polícia Municipal de São Bernardo. Avançaremos na tecnologia, o edital ficando pronto, vou assinar, em breve, 100% de São Bernardo monitorada por câmeras. Fazendo operação integrada com a Polícia Militar, Civil, com o Corpo de Bombeiros e com a Defesa Civil. Não importa a corporação, vamos estar juntos cuidando de São Bernardo”, revelou.

A Câmara de São Bernardo, na quarta (26), havia aprovado, por unanimidade, o projeto de lei do Executivo que seguiu a linha de decisão recente do STF, denominando a Polícia Municipal de São Bernardo. “Votamos na quarta (26), a lei com a nova nomenclatura, que o Marcelo, hoje, fez a sanção e passamos a ter, em São Bernardo, a Polícia Municipal da nossa cidade. Mas que reconhecida como uma decisão do Supremo, mas uma decisão que vem a calhar com o que os GCMs já fazem há 25 anos na cidade. Sempre foi o policiamento, sempre foi combater a criminalidade e ajudar a nossa cidade a ter uma segurança melhor”, frisou o presidente da Câmara, Danilo Lima.

O secretário de Segurança, Major Topalian, destacou que até então, os GCMs só podiam abordar suspeitos em flagrante e que, agora, isso mudará. “Só podíamos abordar se tivéssemos certeza do flagrante, se não tivesse em flagrante poderia ser discutida essa decisão e o Supremo, em sua imensa sabedoria, disse-nos que podemos trabalhar em prol do cidadão. Vamos combater esse que é um dos maiores problemas do nosso país hoje e vamos somar forças com a Polícia Militar, Civil, Científica, Penal e agora, a Polícia Municipal para proteger o cidadão de São Bernardo”, contou.

A vice-prefeita e Sargento Jessica Cormick enfatizou que a alteração para Polícia Municipal é o reconhecimento do trabalho dos guardas municipais:  “É o reconhecimento do trabalho que vocês já vinham fazendo, porque eu estava na rua e eu via. O nosso serviço era a mesma coisa, a única coisa que faltava mudar era o nome mesmo. E ter essa valorização, esse respaldo jurídico vai ser muito importante”. 

À Folha, o prefeito falou sobre a integração das Polícias Municipais do ABC, tema que já começou a ser discutido na reunião que Lima teve com os prefeitos de Santo André, Gilvan Júnior, e São Caetano, Tite Campanella, na quarta (26).

“Virou pauta da reunião do dia 11 de março do Consórcio Intermunicipal. Nessa semana, me reuni com os prefeitos Gilvan e Tite. Já discutimos um pouco da pauta. É claro que o assunto foi mais as divisas do que o assunto tratado do Consórcio, mas depois da conversa surgiram ideias que a gente possa trabalhar em conjunto, sem ter fronteiras para a segurança. Gostei muito da ideia. Vamos pautar isso no Consórcio, até para discutir com Ribeirão Pires, com Mauá, com Rio Grande da Serra e Diadema”, destacou.