Várias pautas novas entraram na COP30. No dia 13 de novembro, dia especial para o debate “Justiça Climática”. Pela primeira vez os juízes terão um dia inteiro para discutir o que acontecerá daqui por diante, com a intensa judicialização dos problemas climáticos.
Outra pauta interessante é a questão da saúde, que entrará nas discussões junto com a transição energética, bioeconomia, economia circular, financiamento climático, cidades sustentáveis e empregos verdes.
Os não negacionistas sabem que as mudanças climáticas implicam em perdas econômicas, principalmente a partir dos grandes desastres que ocorrem cada vez com frequência maior: enchentes, ondas de calor, falta de verde. Isso vai repercutir na saúde, pois o calor mata mais do que o frio.
Inclui-se a saúde no centro das discussões, porque a crise climática é também uma crise sanitária, com impactos diretos sobre a vida das pessoas e a capacidade de resposta dos sistemas de saúde. Por isso é de ser levado a sério o Orçamento Climático da Prefeitura de São Paulo. Aquilo que se fizer em termos de drenagem, de limpeza de córregos, de restauração de mata ciliar e de bosques urbanos, será poupado em internações desnecessárias, causadas pelo excesso de emissões, causador do efeito estufa e do aquecimento global.
As altas temperaturas têm levado a inúmeras internações e a mortes que poderiam ser evitadas. Todos os temas entram nessa agenda climática, portanto: a habitação, a construção civil, que precisa investir em soluções baseadas na natureza, a mobilidade urbana, a educação. Se as crianças, desde cedo, souberem que são vítimas preferenciais dos fenômenos extremos, serão alerta para suas famílias. Despertarão a consciência de uma geração que não levou a sério as advertências dos cientistas e agora está respondendo com a própria vida e a saúde comprometida, o fato de não ter sabido mitigar as consequências do clima ressentido.
É preciso estreitar o relacionamento efetivo e a colaboração crescente entre Academia, Medicina, Empresariado e Governos, para que ações integradas levem à eficiência energética em hospitais. Economia circular para resíduos hospitalares. Transporte de baixo carbono e planos de adaptação a eventos climáticos extremos.
Ou a economia será sustentável, ou perecerá. No momento em que a geopolítica global parece regredir, é o momento da sociedade civil, junto com os governos municipais, reagir a esse criminoso negacionismo e atuar no sentido de salvar vidas preciosas. É para isso que toda a sociedade civil consciente e responsável está sendo chamada.














Adicione um comentário