
(Foto: Adonis Guerra)
A Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC realizou, na quinta (4), a primeira reunião do Comitê Regional de Monitoramento dos Efeitos do Tarifaço, espaço que reunirá associações empresariais, prefeituras, sindicatos de trabalhadores e instituições acadêmicas da região.
O Comitê tem objetivo de acompanhar os impactos econômicos da nova política tarifária, produzir análises qualificadas sobre a situação das exportações regionais e organizar medidas conjuntas de adaptação e defesa da competitividade produtiva da região. Ao reunir diferentes atores, o espaço fortalece a capacidade regional de resposta diante de um cenário internacional adverso.
Durante a reunião, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), por meio da subseção no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), apresentou um panorama detalhado sobre os impactos já observados. Segundo o estudo, as exportações do ABC para os Estados Unidos recuaram de forma significativa após a imposição da tarifa de 50% pelo governo norte-americano. O levantamento aponta perdas expressivas em setores estratégicos — especialmente na indústria metalúrgica, que responde por 78% das exportações regionais e concentra a maior parte do impacto.
A reunião também contou com contribuições de lideranças empresariais e sindicais, entre elas representantes da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), da Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (ABIPEÇAS), da Prometeon, da B. GROB, Continental Parafusos, do CIESP São Bernardo, do CIESP Diadema e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
O presidente da Agência de Desenvolvimento e secretário-executivo do Consórcio ABC, Aroaldo Silva, destacou que o encontro consolida a região como referência nacional na busca de respostas estruturadas para um cenário de instabilidade internacional. “O tarifaço não é apenas um desafio conjuntural, é um alerta sobre a necessidade de reposicionarmos o Grande ABC no cenário internacional. Com dados, planejamento e articulação entre todos os atores, estamos construindo respostas para proteger empregos, apoiar nossas empresas e abrir novas rotas de inserção global”, comentou.
Os participantes também ressaltaram a necessidade de redirecionamento de mercados, buscando ampliar a inserção internacional das empresas da região, e defenderam a importância de uma atuação mais assertiva do governo federal por meio de iniciativas como o programa Brasil Soberano. Outro ponto enfatizado foi a urgência em fortalecer a diversificação produtiva como resposta estratégica ao cenário internacional.
















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