Na historia da humanidade, sempre houve a procura por mestres e referências espirituais que pudessem trazer luz para as pessoas ansiosas por resolverem suas questões aflitivas. Sempre se criou Deuses, se venerou mestres, se projetou nos céus a esperança de compreensão ou salvação espiritual. Criou-se, desta forma, inúmeras religiões, cada uma prometendo a salvação à sua maneira. No Ocidente, a salvação estaria fora de nós, em Deus, uma entidade que estaria no céu, muito distante. No Oriente prega-se a busca deste Deus dentro de nós. Que diferença faria buscarmos um Deus fora ou dentro de nós? Poderíamos dizer que a diferença estaria na distância entre um e outro. Buscar um Deus nos céus parece muito difícil, ou quase impossível. Buscá-lo dentro de nós parece mais fácil, mas ai é que está o engano. Buscar Deus dentro de nós é tão difícil, ou talvez, mais difícil do que buscá-lo nos céus. Porque isto? Porque, embora o “dentro de nós”pode parecer muito perto, na verdade, está muito distante, porque existe uma imensa barreira entre o consciente e o inconsciente e parece que Deus estaria no inconsciente aguardando ser conhecido. A busca do Deus interior exigiria uma mudança de percepção das coisas, uma mudança de padrão mental, a prática do desapego, a prática do amor e de outras ações que dificilmente o ser humano se disporia a fazer. Exigiria um despojamento do Ego para que pudessem se manifestar as expressões divinas que há dentro do ser humano. Nesta questão, o corpo seria o grande ponto estratégico de busca interior, o grande templo da morada divina, aquele que serviria como ponte entre a alma individual e a alma divina. Mas, como tratamos aquele que é o nosso grande mestre no auto conhecimento? Como entendemos este corpo que traz, em suas células, as memórias de tudo que passamos desde a formação no útero da mãe até os dias atuais e quiçá, de vidas passadas? É preciso olhar este corpo com atenção e carinho, cuidar dele como cuidamos de um metal precioso. É preciso torná-lo forte, flexível, saudável, alinhado, para que, aos poucos, a expressão divina se manifeste e apareça resplandecente. Isto é felicidade. Entenda o seu corpo como seu grande mestre e guia espiritual.
