Negócios

Sicredi promove Encontro Nacional de Jornalistas em Porto Alegre

Fernando Dall’Agnese: presidente da SicrediPar

O Sicredi, cooperativa de crédito, promoveu, na quarta (6) e quinta (7), o 9º Encontro Nacional com Jornalistas, em Porto Alegre (RS). Jornalistas de diversos estados do país, entre eles repórter da Folha do ABC, foram recebidos, na quarta (6), no Centro Administrativo Sicredi, pelo presidente da SicrediPar, Fernando Dall’Agnese, que fez a abertura do evento, contando sobre a história do cooperativismo. “O cooperativismo de crédito começou a ser desenvolvido na Alemanha, embora já existia o cooperativismo na Inglaterra, no Reino Unido, mas era um cooperativismo de outros ramos, o de crédito começou, então, com o Friedrich Wilhelm Raiffeise, a nível mundial, depois o padre suíço, Theodor Amstad, no Brasil”, afirmou.

O cooperativismo de crédito chegou ao país no início do século XX e, no próximo dia 28 de dezembro, será celebrado o Dia Nacional do Cooperativismo de Crédito, data na qual foi fundada, em 1902, por Amstad, a primeira instituição desse perfil de crédito do país, a Sicredi Pioneira RS, em Nova Petrópolis (RS). Na época, o padre, diante de um cenário de grande dificuldade econômica na comunidade rural de Nova Petrópolis (RS), fundou a Sicredi Pioneira, a primeira cooperativa de crédito do país, unindo protestantes e católicos, com o objetivo de gerar oportunidade e prosperidade para a região. Assim, Amsted tornou-se o patrono do cooperativismo de crédito na América Latina.

Dall’Agnese também falou sobre o precursor do modelo do Sistema Cooperativo vigente até a atualidade, Mario Kruel Guimarães, e que também conduziu a reestruturação do sistema cooperativo de crédito, na década de 1980.

SICREDI, 122 ANOS

César Bochi: diretor-presidente do Banco Cooperativo Sicredi

Na sequência, houve palestra do diretor-presidente do Banco Cooperativo Sicredi, César Bochi. Prestes a completar 122 anos, em dezembro próximo, o Sicredi, atualmente, possui 104 cooperativas, mais de 8,5 milhões de associados, mais de 2,8 mil agências, distribuídas em mais de 100 cooperativas. São mais de 45 mil colaboradores e, cerca de 96% das transações são feitas de forma digital. Além disso, mais de 1 milhão de associados participam das assembleias.

“Nosso propósito é forte, construir juntos uma sociedade mais próspera. A nossa missão é gerar prosperidade. É menos do que pegar a fatia de mercado do outro banco e é mais sobre como posso crescer economicamente. Quanto mais crescermos a economia local mais o cooperado vai ser forte, mais emprego vai ter, mais renda vai ter. Então, tudo que gerar prosperidade local é o foco de atuação do Sicredi”, explicou Bochi.

Os números da instituição financeira impressionam. De acordo com o diretor-presidente, são R$ 386 bilhões em ativos totais, R$ 262 bilhões em depósitos totais e R$ 243 bilhões em carteira de crédito. “O crescimento da carteira de crédito ao longo dos últimos 12 meses é de 23% e seguimos expandindo nossa presença física, na contramão do movimento dos grandes players”, disse.

Bochi ainda revela que a cada quatro pequenas empresas no Brasil, uma é sócia do Sicredi, porém a instituição ainda enfrenta como obstáculo o desconhecimento por parta da população.

“A cada quatro pequenas empresas uma já é sócia do Sicredi. A representação do Sicredi no mercado já é muito representativa, mas um dos desafios é o nível de desconhecimento do Sicredi, em pesquisa que realizamos, no ano passado, cerca de 45% da população brasileira conhecia a marca do Sicredi, mas só 10% das pessoas sabiam o que era, fora o associado. Há um desconhecimento grande sobre qual é o nosso modelo de negócio”, afirmou.

Porém, o executivo avalia que o próprio crescimento espontâneo da instituição, com mais de 6 mil novos sócios por dia, auxilia na expansão da marca Sicredi e ainda anuncia a meta de chegar aos 10 milhões de associados em 2025. “O processo de crescimento é espontâneo, um indica para o outro, são 6 mil novos sócios por dia. Pelo ritmo que estamos, chegar nos 10 milhões é uma consequência, não é uma meta que queremos buscar. É olhar os dados históricos mais recentes, manter a consistência, manter o que fazemos, hoje, localmente e, naturalmente, vamos chegar aos 10 milhões de associados”, enfatiza. 

Grupo de jornalistas convidados