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Sto. André ganha prêmio por combate à tuberculose

O dia mundial da tuberculose, 24 de março, foi lembrado em Santo André neste ano com uma importante conquista para a rede municipal de saúde. Durante o evento anual da Divisão de Tuberculose do Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, o município foi premiado por conseguir que 96% dos pacientes diagnosticados com tuberculose realizem o teste rápido para HIV, Sífilis e Hepatite C. Na região, apenas outros dois municípios conseguiram cumprir o percentual de 90% estabelecido pelo Estado.

A divisão estadual reconhece todo ano o cumprimento de várias metas, porém nesta edição, foi realizada a premiação de apenas uma delas. É a primeira vez que o município consegue reconhecimento dentro dessa categoria. No evento realizado no última terça (20), Santo André foi representado pela coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose, Márcia Furquim, juntamente com equipe de enfermagem da estratégia, Márcia Romério, Andreza Silveira e Lígia Torres.

A tuberculose é muito comum entre a população infectada pelo HIV. O vírus diminui a resposta imunológica, facilitando assim, o desenvolvimento da tuberculose. Por esse motivo, o risco de contraí-la é quase 30 vezes maior dentro deste grupo se comparado a quem não é portador do HIV. Dessa forma é de extrema importância que seja realizado o teste rápido, para que se o resultado for positivo, o paciente inicie o tratamento com antirretrovirais, para melhorar a imunidade e responder ao tratamento da tuberculose.

Os testes rápidos para HIV, Sífilis e Hepatite C, bem como o tratamento da tuberculose pulmonar, são feitos nas 27 unidades de saúde da cidade. Já nos casos cujo paciente também é portador de HIV, o tratamento é realizado no Ambulatório de Moléstias Infecciosas (ARMI), localizado na Vila Guiomar. No local, é também realizado o tratamento com os antirretrovirais. Crianças e adolescentes diagnosticados com tuberculose também são tratados no ARMI. Já os casos de tuberculose extra-pulmonar – quando a infecção ocorre em outras partes, que não o pulmão – são tratados no Centro de Especialidades I, na região central da cidade. Atualmente, 140 pacientes estão em tratamento de tuberculose na rede municipal de saúde. Em 2017, de acordo com o levantamento do Programa de Controle da Tuberculose, a incidência da doença foi de 26,4 novos casos a cada mil habitantes na cidade.

O principal desafio para o controle da tuberculose é conseguir diagnosticar a doença o mais rápido possível e alcançar a cura por meio do tratamento adequado que dura em média seis meses. Durante todo o mês de março, profissionais da educação, saúde e sociedade civil estão sendo capacitados e orientados sobre a doença, com objetivo de intensificar a busca ativa dos pacientes com sintomas respiratórios.