José Renato Nalini

Sua cidade é verde?

   As mudanças climáticas estão tomando conta do mundo. Vieram para ficar e são cada vez mais intensas, violentas e trágicas. Ainda existe negacionismo em relação a isso? Alguém acredita que eventos como os que afligiram o Rio Grande do Sul na primeira semana de maio são naturais? Há quem consiga ainda ser cético em relação ao aquecimento global?

   O bom é que, ao lado do perigo, convive a solução. Um grupo de estudiosos, sob a liderança do Professor Marcel Fantim, do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP, desenvolveu o projeto URBVERDE. É o resultado de um trabalho orquestrado de profissionais de várias especialidades, que coleta e analisa dados socioambientais de cada cidade brasileira.

   É uma plataforma de monitoramento das áreas verdes urbanas para todos os municípios de São Paulo. Quem acessar a plataforma www.urbverde.com, obterá dados científicos atualizados, um produto de parceria entre diversas Universidades, para que a cidadania saiba como está a cobertura vegetal, responsável pelo clima do município. Todas as praças e áreas verdes urbanas estão ali e poderão servir de parâmetro para a elaboração de políticas públicas.

   Muitas cidades não sabem onde estão suas ilhas de calor, não têm condições de precisar qual a cobertura vegetal necessária para a obtenção de uma temperatura compatível com a sobrevivência dessa espécie racional que, tanta vez, se porta de forma irracional. Destruindo o verde, desmatando, poluindo solo, atmosfera e água, descuidando-se de tudo o que é essencial para a continuidade da aventura humana sobre o planeta.

   Entre sem demora ao site da URBVERDE e saiba como anda a sua cidade. Com isso, você poderá colaborar com o aprimoramento da paisagem, com a tutela das árvores, fonte de água e de vida, com a efetiva melhoria da qualidade existencial de sua família e de todos aqueles cuja vida interessa a você.

   São iniciativas como a URBVERDE, que oferecem informações valiosas e gratuitamente, que fornecem a esperança de que o mundo ainda tem jeito e que a preservação da espécie não é utopia alimentada pelos mais sensíveis, tantas vezes incompreendidos com quem é parte fundamental do problema e não se interessa por soluções.

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