
Espetáculo que viralizou na internet e virou sucesso entre os passeios que misturam gastronomia com teatro, Shakespeare Embriagado retorna em janeiro de 2025, completando um ano em cartaz. A nova temporada no bar Coringa Madá, na Vila Madalena, volta a partir do dia 17 de janeiro, com sessões todas as sextas-feiras, sempre às 20h30. Uma sessão extra acontece no sábado (25), feriado de aniversário da cidade de São Paulo. Munidos de álcool, os atores apresentam uma adaptação de Hamlet, mesclando o texto original com improvisos e a interação do público.
O diretor Dagoberto Feliz traz uma adaptação de Hamlet, que narra a jornada do príncipe dinamarquês em busca de vingança pela morte do pai. O espetáculo une o texto clássico com a espontaneidade dos improvisos dos atores, que, junto com o público, constroem novas possibilidades a cada apresentação. “A função do elenco é contar a história completa. O tempo e o álcool podem alterar a forma de contá-la, mas não seu conteúdo”, explica Feliz.
Para o diretor, o encanto da montagem é “fazer Shakespeare o mais ‘esteticamente popular’ possível”. “E nada melhor do que um ambiente de um bar, no qual as pessoas estejam à vontade para participar e mostrar seu entusiasmo, ou desaprovação, para o que acontece na cena”, diz.
No elenco, estão Lívia Camargo, Robert Gomez, Bruna Assis, Michel Waisman e Guilherme Tomé. A equipe é composta ainda pela dramaturgista Karol Garrett, o diretor assistente Guilherme Tomé e o diretor musical Fernando Zuben, com produção da Benjamin Produções.

Em cada sessão, os atores bebem moderadamente, mas um deles consome um pouco mais, seja whisky ou tequila, e é acompanhado por um espectador na primeira dose, para confirmar a autenticidade da bebida. “Uma festa! Hilaridade e muita confusão acontecem quando os atores – alguns sóbrios e outros não – tentam manter o roteiro no trilho”, diz o produtor Henrique Benjamin, responsável pela montagem.
Com o álcool, as tragédias de Shakespeare ganham um tom de comédia, brinca Benjamin. O público tem o poder de influenciar várias cenas, forçando os atores a improvisar e manter o foco.
Cada apresentação é única, e cada uma conta com a presença de um “patrono”, que vivencia uma experiência exclusiva, com direito a um trono real, coquetel da casa e decisões cruciais para o desenrolar da trama. A plateia também pode ser escolhida para integrar a “trupe de atores” ou interpretar o “fantasma do rei”.
“Quem conhece, em pormenores, a tragédia toda poderá se divertir na comparação com o original e, para quem não conhece totalmente, a diversão estará na feitura e na descoberta dos quiprocós rocambolescos da família do Príncipe Hamlet”, aposta o diretor.
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