Política

Transpetro simula vazamento de combustível em São Paulo

A Transpetro, empresa subsidiária pela Petrobras e responsável pelo transporte e logística de combustível no Brasil realizou, na terça (13), no Jardim Esmeralda, no Butantã, um simulado de vazamento por furto de combustível no oleoduto Obati, que transporta gasolina e derivados entre os terminais de Barueri e São Caetano. Cerca de 40 moradoresestavam presentes e foram informados sobre os riscos que o furto de combustível pode trazer à comunidade e ao meio ambiente. Santo André está entre as cidades que sofreram intervenções clandestinas em 2017.

 “Somente no estado de São Paulo, de janeiro a maio deste ano, foram realizadas 27 ocorrências de furto ou tentativa de furto de combustível, sendo que 14 destas tiveram vazamentos”, explica Nelson Barboza, gerente geral de segurança e contingência da Transpetro. No caso de Santo André, houve a necessidade de evacuar a área. “A tentativa de furto traz o risco de vazamento, explosão, que pode comprometer todas as pessoas do entorno. A Transpetro faz um monitoramento de prevenção para que isso não aconteça”, comenta Nelson.

Segundo a Transpetro, além da comunidade, há a preocupação com os funcionários da empresa, bem como o meio ambiente e instalações. “Buscamos parceria com órgãos públicos e comunidade e contamos com o telefone 168, que funciona 24 horas por dia, com profissionais para receber a informação, para que possamos coibir um vazamento ou fazer uma possível intervenção.Se a comunidade observar um caminhão diferente, pessoas sem uniforme da empresa, movimentos estranhos, não hesite em nos contatar”, afirma Nelson.

O risco de contaminação do meio ambiente também foi reforçado na simulação. Jorge Luiz Gouveia, gerente de emergência da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), comenta que a instituição sempre é mobilizada em situações como essa. “Os principais danos ambientais de um vazamento de combustível são os riscosde segurança da comunidade, contaminação de recursos hídricos e os lençóis subterrâneos. Tem casos que houve o trabalho da Transpetro, mas não houve contaminação. Nosso trabalho é sempre acompanhar. Às vezes só com estudos podemos avaliar se houve contaminação”.

Luiz Antonio da Silva, 52 anos, funcionário público e morador do bairro há 30 anos, elogiou a ação. “Minha preocupação sempre foi um possível acidente. Quando fomos informados que haveria um simulado, ficamos satisfeitos e agradecemos as autoridades. Pudemos observar que estamos mais seguros, já que a empresa se preocupa com os moradores”. Os dutos da Transpetro passam por 78 municípios de São Paulo, entre eles São Caetano, Santo André, São Bernardo, Mauá e Diadema.