Decorridos quase três anos de governo petista em São Ber-nardo ficou constatado que o Partido que diz defender os Trabalhadores não tem qualquer compromisso com a cidade, com as instituições e muito menos com as entidades representativas da sociedade civil organizada. Com táticas não convencionais, o PT e seus acólitos deflagraram uma campanha de boatos e mentiras em toda cidade, que ancorou a então candidatura de Luiz Marinho a prefeito com um discurso de Mudança.
Após a eleição os aliados, de primeira hora, foram afastados das decisões do governo, passando à condição de meros agregados. O poder da cidade foi centralizado nas mãos de um núcleo duro e surdo.
O retrocesso é visível em todos os segmentos da sociedade e sentido na pele pela população, principalmente a parcela que mais necessita das intervenções governamentais.
Entre alguns exemplos temos o corte da entrega de material e uniformes escolares no ano de 2009. Em 2010 e 2011 foram entregues materiais de qualidade duvidosa. A educação dos portadores de necessidades especiais foi abandonada, transformada em mero assistencialismo, embora tenham herdado a administração com uma estrutura impar nesse quesito.
A Saúde vive de construção de prédios com estrutura de lata, que segundo denúncias, já exigem reparos.
Médicos e medicamentos mais elementares sumiram da cidade. O funcionalismo público alicerce da campanha petista é ignorado, massacrado e vilipendiado em suas ex-pectativas e patrimônio, mostrando a verdadeira cara das promessas eleitorais. Apenas esses exemplos servem como base para a constatação que o PT em geral e o governo Luiz Marinho em particular não tem compromisso com a democracia. A exemplo, do que ocorre na esfera federal modificaram o discurso assumiram a máquina pública para transgredi-la e aparelhara-la por dentro, com membros do partido derrotados em diversos cantos do País.São Bernardo é hoje governada pela “República de Santo André”, que com os interesses lá contrariados se agarram a Luiz Marinho, como tabua de salvação. O próprio PT de São Bernardo foi enquadrado e reduzido a uma condição insignificante no tabuleiro da administração municipal.
Essa situação caótica, inclusive com a submissão de outros poderes legalmente constituídos é a evidência de que São Bernardo exige uma ação clara, direta e objetiva das forças democráticas que precisam se reu-nir em torno de um amplo projeto político para a cidade,e não de um projeto político de poder personalista. Mais quatro anos de governo antidemocrático petista repre-sentará além do já destacado retrocesso um aumento do prejuízo da população em áreas tão elementares quanto a Educação e Saúde.
As forças democráticas e progressistas que alavancam o contínuo progresso do Estado de São Paulo devem ter como meta essa mesma postura em favor de São Bernardo e do Grande ABC, berço das grandes transformações nacionais. Errar nesse ponto é condenar toda uma população ao descaso e abandono pela máquina pública.
William Dib é médico cardiologista, foi prefeito de São Bernardo (2003-2008) é deputado federal e coordenador regional do PSDB no ABC.