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Unipar registra EBITDA ajustado recorrente de R$ 266 mi e avança em projetos estratégicos

Resultados refletem a resiliência operacional da companhia, com margem EBITDA de 20% (Foto: Divulgação)


 A Unipar divulgou seus resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2025 (3T25), período marcado pela persistência do ciclo de baixa petroquímico. Mesmo diante desse contexto, que incluiu queda nos preços internacionais do PVC (-5%) e da soda cáustica (-11%) e a valorização do Real em relação ao trimestre anterior, a companhia demonstrou resiliência operacional e foco em sua agenda de eficiência.

No 3T25, a Unipar registrou EBITDA ajustado recorrente de R$ 266 milhões. Este valor representa um crescimento de 14% em comparação com o 3T24, mas uma redução de 13% frente ao 2T25, refletindo os resultados operacionais do período. A margem EBITDA ajustada recorrente alcançou 20% no trimestre, 3p.p. superior ao mesmo período de 2024.

Excluindo os efeitos da aplicação da regra contábil IAS 29, referente a economias hiperinflacionárias como a da Argentina, a receita líquida ajustada no 3T25 foi R$ 1,3 bilhão, em linha com o trimestre anterior mesmo com a redução nos preços internacionais, compensado pelo maior volume de vendas. No acumulado do ano, a receita líquida ajustada foi de R$ 4,0 bilhões, crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2024, reflexo do aumento dos preços internacionais da soda cáustica e desvalorização do câmbio no período.

Desempenho operacional e autoprodução de energia

A utilização média de eletrólise da capacidade instalada de produção foi de 77% no período, sendo 80% no Brasil e 67% na Argentina. As taxas de utilização, menores do que no trimestre anterior, foram explicadas por reduções pontuais de operação em função de demandas desaquecidas, permitindo à Unipar realizar uma gestão ativa de seus estoques. A utilização média para a indústria química em geral no Brasil foi de 61% nos primeiros oito meses, de acordo com a ABIQUIM.

A empresa manteve sua matriz de custos competitiva, com austeridade de custos fixos e captura de ganhos de iniciativas implementadas desde o final de 2024. O consumo de energia limpa de autoprodução (eólica e solar) nas plantas do Brasil atingiu 63% no trimestre, afetado negativamente pelo curtailment determinado pela ONS, porém 9p.p. acima da média do 2T25.

Avanço estratégico competitividade energética

No período, a Unipar também avançou com o projeto de modernização da fábrica de Cubatão (SP), que está substituindo as tecnologias de produção baseadas em mercúrio e diafragma por membrana — mais eficiente, segura e ambientalmente sustentável. A conclusão da obra está prevista para dezembro e representa um avanço relevante na jornada de descarbonização e excelência operacional da companhia.

O incremento de capacidade de PVC-Emulsão de 6 kta na unidade de Santo André (SP), equivalente a 25% da capacidade deste tipo de PVC, também está em fase de conclusão.

Outro destaque estratégico foi a notificação, em outubro de 2025, do exercício da opção de compra das ações da Solalban Energía com o objetivo de deter 100% do ativo e resguardar a competitividade na compra de energia elétrica para os ativos industriais na Argentina.
 

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