O comércio varejista na região do ABCD deve perder aproximadamente R$ 131,7 milhões no segundo semestre do ano, por causa dos cinco feriados nacionais e pontes, segundo estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Esse montante é 20,5% maior do que o dado projetado no mesmo período de 2016.
O setor de supermercados deve perder em torno de R$ 69,5 milhões, em decorrência de feriados e pontes do segundo semestre, crescimento de 22,1% em relação a 2016 – o maior do varejo do ABCD. O segmento de outras atividades pode perder aproximadamente R$ 30,2 milhões, alta de 19,8% na comparação com os seis últimos meses do ano passado.
As perdas apuradas pelo segmento de farmácias e perfumarias devem atingir R$ 11,9 milhões, elevação de 19,1% na comparação com o mesmo período de 2016. Também devem registrar perdas as lojas de vestuário, tecidos e calçados (aproximadamente R$ 17,3milhões e crescimento de 17,6% na comparação com 2016) e as lojas de móveis e decoração (em torno de R$ 2,6 milhões, alta de 11,9%).
Nos cálculos, a FecomercioSP desconsiderou os feriados estaduais e municipais, que também prejudicam, em média, a atividade comercial. Na análise da Entidade, após dois anos de forte recessão econômica – com retrações do PIB de 3,8%, em 2015, e de 3,5%, em 2016 –, o número excessivo de feriados e pontes deveria ser revisto, a fim de contribuir para o aumento da produtividade da economia.
Para a FecomercioSP, em nome da modernização das relações trabalhistas, seria oportuno que essa questão fosse debatida, pois o excesso de proteção por meio dessa elevação de custos acaba prejudicando tanto as empresas, que acabam optando por não abrir no feriado, como os empregados, que reduzem seus rendimentos ao deixar de obter as comissões sobre as vendas.
Impacto estadual- O comércio varejista do Estado de São Paulo deve perder em torno de R$ 2,3 bilhões em 2017, por conta dos feriados nacionais e pontes. Esse montante é 17,9% maior do que o dado projetado no mesmo período de 2016, quando o varejo de São Paulo deixou de faturar R$ 2,013 bilhões.
O setor de supermercados é o que deve contabilizar a maior perda, cerca de R$ 1 bilhão, cifra 14,5% maior em relação a 2016. Estima-se que o segmento de outras atividades perderá cerca de R$ 690,3 milhões, 18,1% superior do valor registrado no segundo semestre de 2016.
Já o segmento de farmácias e perfumarias deixará de faturar em torno de R$ 278,2 milhões, representando a maior variação em relação aos últimos seis meses de 2016, com crescimento de 31,6%. Também devem registrar perdas os setores de lojas de vestuário, tecidos e calçados (aproximadamente R$ 277,9 milhões e 17,8% de crescimento em relação a 2016) e lojas de móveis e decoração, que perderá cerca de R$ 45,9 milhões, alta de 20,9% na comparação com 2016.