A região do ABC registrou alta de 144,60% nas vendas de imóveis usados e de 47,57% no volume de contratos de locação assinados na comparação de outubro e setembro deste ano. Os dados são da Pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP), que consultou 51 imobiliárias em seis cidades do ABC, exceto em Rio Grande da Serra. Segundo o estudo, em outubro deste ano, 70% dos compradores preferiram apartamentos de até R$ 400 mil, com 2 dormitórios. Em relação às casas vendidas, 66,7% valiam até R$ 300 mil.
Segundo José Augusto Viana Neto (foto), presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECI-SP), a variação no mês de outubro comparada ao mês de setembro, vem de uma base negativa. “Tivemos em setembro uma queda de 57,50%. Já no mês seguinte tivemos um índice positivo altamente expressivo. Outubro foi o mês das eleições majoritárias e depois de tantas ocorrências políticas e econômicas, houve uma confiança maior daqueles que queriam comprar propriedades imobiliárias, pois é um negócio que depende de um contrato de financiamento e as pessoas ficam assustadas. Em outubro, a confiança foi retomada e muitas pessoas fizeram negócio”, afirma Viana.
Segundo o estudo, em outubro deste ano, 70% dos compradores preferiram apartamentos de até R$ 400 mil, com 2 dormitórios. Em relação às casas vendidas, 66,7% valiam até R$ 300 mil. Metade dos imóveis vendidos no mês de outubro (50%) foram financiados pela Caixa Econômica Federal, 25% por outros bancos, 16,7% foram parcelados diretamente pelos proprietários e apenas 8,3% dos negócios foram fechados à vista. “É uma movimentação interessante que demonstra que a região tem um forte poder econômico-financeiro”, analisa o presidente do CRECI-SP.
Em relação às locações, a faixa de preço de locação de preferência dos inquilinos de casas na região do ABC ficou em até R$ 1.250,00, para imóveis de 2 dormitórios. No caso dos apartamentos, o valor de aluguel ficou em até R$ 1.500,00, para imóveis com 2 dormitórios.
As principais garantias locatícias escolhidas no ABC foram depósito caução (33,3%) e seguro fiança (33,3%). Os novos inquilinos optaram por imóveis situados nas áreas nobres (50%) e centrais (50%).
Expectativas – O presidente CRECI-SP afirma que a expectativa em relações às vendas e locações de imóveis é positiva. “Com a indicação da equipe do governo que vai cuidar da área de habitação e retorno do Minha Casa Minha Vida, temos uma visão muito boa para que tenhamos um futuro de muitas transações imobiliárias, porque a produção de imóveis abaixo de R$ 400 mil é a grande necessidade do mercado e é nessa faixa que os negócios tem acontecido. Outro fator importante é o emprego formal ter atingido os mesmos níveis que tínhamos em 2014.Isso é altamente positivo. A pessoa com carteira assinada tem condição de comprovar renda e isto é o que precisa para obter crédito no financiamento imobiliário. As locações de imóveis também estão aquecidas. Estamos aguardando uma boa condição para o mercado imobiliário”, afirma Viana.