Fabio Picarelli Opinião

Vila comemora o Halloween, a festa da magia

Halloween é uma brincadeira de criança? Pode-se dizer que sim, mas também pode-se dizer que não. Por trás do Dia das Bruxas, no dia 31 de outubro, há uma história muito antiga para se contar. E Paranapiacaba embarca nesse mundo nos próximos dois finais de semana.
Hallow é um termo que os antepassados designaram para “santo” e “eve” para véspera. Ou seja, até o século XVI era a véspera do Dia de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro.
Uma coisa é a etimologia do nome. Outra completamente diferente é a origem do Halloween moderno em que se encaixa a diversão infantil.
Os celtas chamavam de Samhain para marcar o fim do verão e o iní-cio do inverno com o festival da colheita. Nesse período o povo acreditava que a barreira entre os vivos e os mortos ficava mais próxima, abrindo um vácuo para os espíritos vagarem livremente pela Terra a fim de visitar os antigos lares e guiar os familiares. O povo celta vivia na Gália (atual França) e Ilhas Britânicas entre os anos de 600 a.C. e 800 d.C.. Para eles, o lugar dos mortos era de felicidade plena, sem fome e sem dor.
A celebração começa com a vigília de três dias da Estação de Todos os Santos, dedicado aos mortos, incluindo santos, mártires e adorados antepassados que já fizeram a passagem.
Mas, qual a ligação das bruxas com o Halloween? A partir do século XX as bruxas passaram a ser o símbolo da cultura popular. Alguns cristãos acreditavam ser a glorificação do mal por ser contrário aos princípios da fé. Outros creem ser uma tradição católica. A interpretação varia de acordo com cada crença religiosa.
Parte dos cristãos não aceitam a feitiçaria, a magia e a comunicação com os espíritos como uma celebração por ser incompatível com os ensinamentos bíblicos.
Por outro lado, a festa pode ser encarada como algo inocente e divertida, com fantasias de cores vibrantes, abóboras iluminadas e deliciosas guloseimas.
A versão moderna teve forte influência da imigração irlandesa para os Estados Unidos e evoluiu a partir da tradição de oferecer comida aos espíritos. O tradicional “gostosuras ou travessuras” passou a fazer parte das brincadeiras das crianças de forma natural e divertida.
Conta a História que a abóbora era proveniente de mito irlandês sobre o personagem de Stingy Jack, que conseguiu enganar o Diabo para enriquecer. Quando Jack faleceu, ele não teve permissão para entrar nem no céu, nem no inferno e ficou vagando na terra pela eternidade. Os irlandeses começaram, então, a esculpir a imagem de Jack nas abóboras.
No Brasil o Halloween cresceu tardiamente, somente por volta de 1990. Inicialmente era uma festa particular de escolas e empresas de entretenimento. Porém, a popularização ganhou ares abrangentes, a ponto do comércio encampar as festividades com decoração temática e vendas de produtos alusivos à data. Hoje, é uma das comemorações mais importantes do calendário nacional.
A Vila já comemora há alguns anos o Halloween. A névoa e as lendas de fantasmas remetem para um clima perfeito entre casas antigas e museus. Este ano serão dois finais de semana convivendo com monstros e máscaras assustadoras pelas ruas da parte Baixa.
O Novem’Beer Halloween será realizado nos dias 1, 2, 8 e 9 de novembro, a partir das 10h na parte Baixa da Vila. Atrações não faltam, tais como a Casa do Terror, área kids, feira de artesanato, tenda de maquiagem temática e parque de diversões.
Além de muita música e gastronomia nos food trucks, barracas e no comércio local. Tudo gratuito. Mas se você é solidário, pode doar um quilo de alimento não perecível. A arrecadação será encaminhada ao Fundo Social de Solidariedade, presidida pela primeira-dama Jéssica Roberta, com apoio do prefeito Gilvan Ferreira.

Adicione um comentário

Clique aqui para adicionar um comentário