
Patrick Branco Ruivo, diretor geral da Torre Eiffel, em Paris, participou da 4ª edição do France Excellence, que aconteceu, na quarta (18) e quinta (19), no Complexo Matarazzo, em São Paulo. Na ocasião, concedeu entrevista exclusiva à Folha, sobre as novidades da Torre e falou sobre a participação dos brasileiros nas visitações da atração mais famosa do mundo. Confira.
Folha do ABC- Como manter a Torre Eiffel atrativa para os visitantes que voltam à Paris e já conhecem a atração?
Patrick Branco Ruivo- Há dois anos, estive no France Excellence, em São Paulo, e quando voltei para França, pensei: “temos que fazer um produto do luxo da Torre Eiffel”.
Já tínhamos o hábito de fazer a visita para todos da mesma maneira. Então, agora, diferenciamos e, por isso, voltamos, para divulgar a nossa proposta de uma visita excepcional, onde as pessoas vão descobrir os bastidores da Torre Eiffel, particularmente as maquinarias dos elevadores, que foram criados pelo Gustave Eiffel e isso é uma atração que todas as pessoas adoram.
Depois, vão subir até o topo da Torre Eiffel sem pegar fila, em seguida poderão desfrutar de um drink, um champagne ou suco, se for criança. Os visitantes serão acompanhados por guias da Torre Eiffel, que vão falar sobre a história de Paris e da Torre Eiffel. Guias que falam inglês e espanhol e que são selecionados por conhecerem bem a história de Paris e da Torre Eiffel.
Então, retornei ao France Excellence e, na quarta (18), vi muitas agências e o interesse delas por esse novo produto.
Também lançamos, recentemente, a nossa loja da Torre Eiffel no site, onde temos produtos franceses de grande qualidade, como bolsas, entre outros. Todos os produtos são feitos na França, porque é importante que, quando falamos em Torre Eiffel, que os produtos sejam franceses e não sejam, por exemplo, chineses. Isso acontecia anos atrás e melhoramos.
Em termos de restauração, também, tivemos uma melhoria muito importante no nosso restaurante, localizado no 2º andar, o Jules Verne, onde os visitantes podem realizar pedido de casamento, festejar o aniversário de casamento, enfim, celebrar vários momentos íntimos. Eles podem fazer a visita e em seguida ir ao restaurante.
São visitas sob medida e isso é a nossa grande novidade na Torre Eiffel.
Folha- Qual a participação de visitantes brasileiros na Torre Eiffel e como pretendem aumentar esse número?
Patrick- Hoje, a visitação dos brasileiros, dependendo do mês, varia entre 2% a 5% do total de visitantes de outras nacionalidades. Geralmente, no fim de um ano, em novembro, temos muitos brasileiros. Porém, agora, durante os Jogos Olímpicos, estava tudo verde e amarelo na Torre Eiffel, até recebemos o Gabrielzinho (nadador paralímpico brasileiro), que veio nos visitar.
Então, estamos habituados a receber os nossos amigos brasileiros, que representam em média 4% dos nossos visitantes. O meu objetivo é aumentar para 6%, porque 4% corresponde a 240 mil visitantes e o Brasil é um país de mais de 210 milhões de habitantes. Então, ainda há capacidade para receber os nossos amigos brasileiros.
Folha- Os anéis Olímpicos, que foram instalados na Torre Eiffel para as Olímpiadas e os Jogos Paralímpicos vão permanecer?
Patrick- Os anéis olímpicos que estão na torre vão ser retirados, nesta próxima semana. Eles foram feitos para um período temporário e depois estamos estudando a possibilidade de colocar novos anéis, mais leves e que possam durar até 2028, pelo menos, até a próxima Olimpíada.
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