William Dib (PSB), ex-prefeito de São Bernardo, e atual candidato a vice-prefeito, na chapa do candidato Luiz Fernando, visitou a Redação da Folha do ABC, na terça (10).
Na ocasião, falou sobre sua volta ao cenário político na cidade, após 14 anos. Dib também foi deputado federal e presidente da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “Voltei por causa da situação que se encontra na nossa cidade. O empobrecimento, a saída das indústrias, o fechamento do comércio, o subemprego. Nós que já fomos a capital do móvel, do automóvel, hoje, nós somos a capital do supermercado”, justificou.
O candidato mencionou que quer contribuir para a “mudança de rumo” de São Bernardo. “Minha contribuição na campanha do Luiz Fernando se deve ao resquício da lembrança do que fui e quero contribuir na eleição do único candidato que pode fazer a mudança de rumo para a nossa cidade. E essa mudança tem que ser traduzida no processo de reindustrialização, resgatar a saúde, a segurança pública, a educação”, disse.
Na avaliação do ex-prefeito, esse “resgate” só pode acontecer em parceria com os governos federal e estadual. “Esse resgate só pode se dar com a ajuda do governo federal, do governo estadual, visto que essa administração fez com que o governo, a prefeitura fosse a segunda maior devedora do país, perdendo só para a cidade do Rio de Janeiro”, afirmou.
Dib ainda relembra como a cidade era na época da sua administração e como está atualmente. “Fico incomodado porque é uma cidade que fecha a sua Fundação Criança, que tinha mais de 50 anos, que cuidava de crianças e jovens em situação de risco, e não coloca nada no lugar. É uma cidade que não tem projeto para a infância, para a juventude e muito menos para o idoso. É uma cidade que abandonou sua população para fazer o viaduto ficar colorido, para fazer praça, para fazer fonte luminosa. Quer dizer, nada que cuida de gente”, comentou.
Como médico cardiologista, o candidato criticou a Saúde. “A população fica de quatro a sete horas para ser atendida. Quando é atendido, não tem medicamento, não tem especialista, não tem cirurgia. É um sofrimento isolado. Precisamos humanizar o atendimento. As pessoas precisam ser atendidas como seres humanos”, enfatizou.
Em relação às propostas de governo, defendeu os avanços tecnológicos para a Saúde. “Queremos o prontuário único, o cadastro único, todos os serviços ligados à internet, o uso da telemedicina, o uso da inteligência artificial. É óbvio, atender a cidade vai exigir mais médicos, mais profissionais da saúde, tipo enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas. A Saúde é um processo longo, mas vai valer a pena essa mudança e temos que usar a tecnologia”, frisou.
Questionado se avalia que candidato Luiz Fernando (PT) irá para o segundo turno e qual adversário seria mais favorável disputar para uma possível vitória, revela que tem expectativa para haja definição favorável à chapa, ainda no primeiro turno. “Vou torcer para não ter segundo turno, para a gente vencer antes. Mas, se tiver que ter o segundo turno, infelizmente, não podemos escolher quem é o nosso adversário, até porque eles são o mesmo. Não consigo ver a diferença entre eles, porque eles estão trabalhando juntos há muitos anos, pelo menos há oito anos eles atuam juntos, no mesmo lado político, no mesmo lado ideológico”, disse.
Dib completa: “O eleitor deles três vai ter que fazer uma ponderação de que lado eles querem. O eleitor que está contente e feliz com essa administração deve votar em um dos três. Quem quer mudança só tem uma alternativa que é nossa. Não há possibilidade de você imaginar mudança se não for com o Luiz Fernando e com a gente. Para haver mudança é obrigatório passar por nós. Porque eles estão no governo há oito anos”.
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