O que é uma crônica?
É compartilhar nossos pensamentos, nossos momentos de vida...
Quase todo cronista é um livro aberto. Ele escreve sobre suas emoções e seus sentimentos.
Me perguntaram sobre isso, e como vocês sabem que encontrar um assunto, depois de 28 anos, quase que semanalmente me expondo aqui, achei que era uma boa conversa.
A gente se descobre a cada dia da vida. Escrevi livros de culinária por gostar de cozinhar e colocar minhas alquimias na cozinha em folhas de papel. Penso num determinado alimento e minha cabeça já monta a receita. Não necessito muito de anotá-las.
Esta semana ouvi na rádio Bandeirantes, que só ouço quando dirijo, uma ideia interessante. Wessel disse que deveríamos aproveitar todos os vidrinhos de geleia, etc., e deixar molhos prontos para o tempero de alimentos. Eu faço isso com meu tempero para saladas, colocando na molheira, mostarda e mel, acrescentando sal temperado, azeite e vinagre. Depois deixo em vasilhame para ir direto à mesa.
Bom vamos ao tempero do Wessel para carne de frangos. Ele disse que usa para churrascos, para que a ave pegue o gosto, pois hoje os frangos são mortos com mais ou menos um mês, tornando a carne sem gosto. Que o frango caipira, aos três meses já tinham outro sabor, apesar de mais duros. Vamos lá: Misture 100 ml de vinho branco com 100 ml de azeite. Acrescente uma colher (sopa) de mostarda, de preferência um pouco picante. Duas colheres (sopa) de molho inglês. Observe o sal, pois alguns ingredientes já os têm. Guarde esse molho na geladeira em vidro bem fechado. Tempere a carne uma hora antes de colocar na churrasqueira. Ante coxas com a pele. Peito? Sem ela.
Bom, fiz isso colocando tudo já numa frigideira funda, mais mini cebolinhas inteiras e dentes de alho picados. Uma hora depois acendi o fogo. Acrescentei então uma cenoura e cúrcuma raladas, cinco folhas grandes de repolho, picadas, três tomates bem maduros picados...e segredo.... Polvilhei com um tempero americano apimentado. Quando o frango estava super macio, coloquei por cima alho poró (a parte verde) picado. Acompanhado por arroz branco e batata doce acebolada em salada (como meu molhinho de mel e mostarda). Era o almoço meu e da faxineira, mas uma vizinha chegou e almoçou conosco.
Simples e delicioso.
E repararam? Minha crônica está pronta. Vai um pouco com ela de minha alma...
Um abraço, Didi