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Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Indo a feira na semana passada, fiquei recordando os tempos em que meninos nos carregavam a sacola das compras. Na minha idade, a sacola ficou pesada. Assim, as vezes deixo de fazer essa andança prazerosa para não ter que carregar peso.
Lembrei que não era proibido os meninos nos ajudarem. Assim que eu chegava à feira, já aparecia um conhecido. As vezes algum que já estava ocupado e me dizia: Espera que já chamo um amigo para ajudar a senhora. Nessa caminhada eles iam contando a vida. Levavam o que ganhavam para as mães. Um me dizia que o bananeiro fazia um preço bom para ele e ele além do que ganhava, levava os frutos para casa. Alguns que estudavam pela manhã só trabalhavam aos sábados e domingos. Tinha um que morando muito longe tinha que voltar mais cedo para casa para não perder a aula. Uma pena que foi proibido esse trabalho. Para nós e para eles.
Hoje temos os “flanelinhas” que nos ajudam com uma vaga para estacionar. A maioria jovens pais de família. Sempre muito educados e atenciosos, mas só nos auxiliam com as compras quando nos veem chegando ao carro. Também não podem circular nos ajudando na feira.
Assim quantos “moleques” se perdem por não terem o que fazer, por ficarem circulando pela vida sem objetivo. Quando dão valor aos estudos e se dedicam, são vencedores na vida.
Bem, mais um assunto do meu dia a dia. Indo esta semana a clínica quimioterápica, onde vou há cinco anos, e todos nos atendem pelo nome e sempre sorridentes, conversando com a Zéfa, encarregada da limpeza, sobre chuvas, reciclagem e outros bate papos enquanto esperava minha consulta, ela me contou que mora próximo a represa. Que ali não tem perigo de enchente, mas que moradores que não têm os “princípios da educação”, jogam seus lixos na represa. Que antigamente havia um dia por mês do “bota fora”. Dia em que passavam caminhões da prefeitura recolhendo móveis e aparelhos domésticos que eram descartados. Ela então me disse se eu acreditava que o povo os estava jogando na represa:  sofás, televisores, geladeiras, pneus, enfim, qualquer objeto que não querem mais. Que ela ficava indignada, mas não podia fazer nada. Lógico que acredito...
Lembrei então de quando eu disse num comentário no face book, que as escolas tinham que dar aulas de civilidade e educação, uma professora me respondeu que isso era obrigação dos pais. Eu então respondi que se os pais não a têm, quem sabe as crianças ouvindo esses conselhos dados pelos mestres, os levassem aos pais, educando-os. Conheço muitos casais que trabalham e deixam o, ou os, filhos com empregadas. As vezes elas se tornam a segunda mãe dessas crianças. Mas...até que ponto podem ensinar bons hábitos? Conheci algumas que eram muito educadas, e assim, confiáveis nesse aspecto. Tive algumas ajudantes que por eu ter costume de reciclar tudo que possível, elas adquiriram esse hábito, fazendo o mesmo em seus lares,
E assim vai aqui minha matéria para podermos pensar e relembrar alguns momentos do nosso cotidiano...
Um abraço, Didi

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