Filhos nascendo... E nós? ... Amando... Acariciando...
A preocupação dos pais para que eles tenham uma boa formação.
Crescendo... Estudando... Namorando... Casando!
Assim como nós fizemos, eles começam uma nova vida.
De repente eles chegam e nos comunicam que vamos ser avós.
Logo vamos atrás de mini roupinhas, mesmo antes de sabermos o sexo do pequeno que vai nascer. Uma azul, outra rosa, mas o amarelo, o branco e o verde, com certeza vamos acertar para o uso diário, independente de ser menino ou menina. Alguns futuros avôs já compram o macacãozinho do time de futebol com a esperança de que o neto siga seu hobby, mesmo que não seja esse o gosto dos pais.
Contamos os meses, os dias, as horas. De repente vem o telefonema:
-Estamos seguindo para o hospital.
Nossas preces até incomodam os anjos, pois nossa mente está o tempo todo ligada, pedindo a proteção, para a mãe e para o pequenino.
Quando recebemos o comunicado do nascimento, já nos postamos em frente ao berçário. Olhos arregalados. A cada criança que a enfermeira traz, apontamos para nós mesmos perguntando se é o nosso. Quando ela confirma que aquela coisinha vermelha, enrugada, é o filho de nossos filhos, haja lencinhos para enxugar as lágrimas.
É aí, nesse momento que também nascem os avós.
Tenho uma amiga que disse que essa foi a primeira vez que viu o marido chorar.
Sempre digo às amigas que esperem ser requisitadas pelos futuros papais quanto a sua presença na volta para casa. Lógico que temos a experiência, mas nem sempre ela é bem vinda. Eu aqui posso falar que dei banho nos meus cinco netos, assim como meu marido Theo. Mesmo os filhos que estavam longe, quando chegavam, os pequenos ficavam por nossa conta.
Isso que pais educam e avós deseducam, não acho verdadeiro. Como eles não vivem em tempo integral com a gente, podemos proporcionar melhores momentos, sem impor tanto nossos hábitos, mas temos que fazer com que eles tenham regras.
Vocês já perceberam, numa reunião de amigos, qual é a conversa principal? Basta que alguém fale:- Meu neto!... Para que todos os presentes venham com uma historinha do seu.
Somos todos avós corujas! Assumidos!
Aquelas cantigas quase esquecidas que cantávamos para nossos filhos, retornam em nossa mente. Aquele cheirinho de bebê, que invade nossas narinas.
Em nossas casas arrumamos um cantinho especial para quando eles chegam.
Eles crescem e os livros infantis voltam a fazer parte de nosso lar. Vamos em busca de alguns que estavam escondidos em um baú, que havíamos guardado para um “futuro”.
Hoje, com os pais tendo que trabalhar, os avós assumiram o papel de babás dos netos. É um trabalho que fazemos com prazer, pois eles são a continuidade de nossa vida.
Lembro aqui duma história que li na internet, que contava que uma avó lia contos para sua netinha, com ela aconchegada em seu colo. Quando a menina aprendeu a ler, a avó disse que ela não precisaria mais contar as histórias, uma vez que agora ela já estava grande e independente. A menina então disse:- Vovó... Mas e o colo?
Carinho nunca é demais.
Eu já estou esperando a chegada da minha netinha Heloiza, que virá em meios de dezembro e só voltará para Cascavel no fim de janeiro, que ainda tem 7 aninhos, mas logo mais será uma mocinha, e como a vida corre rápida, já, já não poderei mais carregar no colo, assim, tenho que aproveitar o máximo a companhia dela.
Curtam os seus queridos, pois eu curto muito os meus.
Abraço, Didi
Divanir Bellinghausen Coppini (Didi) é escritora e voluntária em São Bernardo - e-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
