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Papos de crianças

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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10/03/2012

Conversando com minhas amigas avós, sempre saem alguns casos de doenças, de filhos e noras ou genros ou sobre empregadas. Conversas muito chatas.
Logo alguém pergunta quais são as últimas piadas. Sempre temos algumas boas para contar. Isso logo alegra o grupo.
Quando se começa a falar das gracinhas dos netos, as risadas são demais. Mesmo que uma delas não saiba contar a piada, sabe contar as gracinhas dos pequenos. Vamos então?
Minha netinha Helô nos seus oito anos, sempre que está na praia sai com nossa imponente pastora belga negra para dar uma volta no quarteirão, chamando a atenção de quem os vê. Nesse dia fiquei conversando com uma vizinha e ela foi até a esquina. Voltando contou que um senhor perguntou-lhe: Você está sozinha? Ao que ela respondeu: Não... Minha avó está ali.
Disse-me então que pensou em três “suposições”: Preocupado por ela estar só? Simplesmente puxando conversa? Ou alguma outra intenção?
Eu então pensei de como nossas crianças estão espertas.
Uma amiga disse que seu neto iria ganhar um irmãozinho. Nos seus três aninhos, falou aos pais que o bebe iria se chamar Lucas. Questionaram o nome, mas ele super insistiu. Passados os meses, quando foram comprar o carrinho, ele começou a olhar todos os da loja até chegar a um e dizer: Achei!... É esse! Quando os pais foram ver, a marca do carrinho era “LUCAS”! Muita coincidência. O pequeno não sabia ler.
As crianças hoje estão muito precoces. Uma menina aos sete anos já sabia o que é a menstruação. Nessa idade, após comer um senhor prato de beterraba, e mais tarde ao ir ao banheiro e ver que a água do vaso sanitário estava tingida de vermelho, chamou o irmão, dois anos mais velho, gritando: Arthur... Arthur... Corre aqui... Venha ver... Fiquei menstruada!
Uma história que elas também lembraram foi de um menino de cinco anos que ao fazer xixi, perguntou se a urina ficava dentro daquele saquinho. A mãe respondeu que não. Que ficava dentro de uma bexiguinha logo depois do pipito. O pequeno então perguntou o que tinha no saquinho. Ela disse que eram como sementinhas que um dia iam ser seus filhinhos. Quando chegou o momento de dormir e após a oração e o boa noite para a mãe, ele colocou a mãozinha sobre o saquinho e disse: Boa noite meus filhinhos!
Meus cinco netos, desde pequenos, quando estávamos na praia, queriam saber o que era aquela almofadinha que eu tinha no quarto e pendurava no varal. Eu não tenho um seio desde 1982. Assim uso próteses. Para a praia são de material mais leve e após o banho de mar elas vão para o varal. Aos poucos todos souberam.
Meu neto Daniel, quando tinha oito anos ao saber, pediu que eu mostrasse como eu fiquei sem o seio. Erguendo o lado do biquíni, mostrei. Admirado perguntou se o pai já tinha visto. Tudo bem, eu mostrava. Ele então foi para a casa vizinha, de minha irmã e perguntou ao primo João se ele sabia disso. Ante a resposta que não, pediu que eu novamente mostrasse. Vendo o primo admirado, falou: Você viu João? Minha avó engana todo o mundo!
Quando meu neto Henrique, hoje com 19 anos estava com quatro anos, fomos a um simples parque de diversões em Itanhaém. Ficou meio receoso em ir ao trem fantasma, mas acabou insistindo que o levássemos. Quando a viagem terminou, ele saiu com a mãozinha sobre o coração. Disse então: Sei que é tudo mentira, mas meu coração pensa que é tudo verdade!
Se vocês têm alguma história interessante a respeito dos filhos ou netos, peço-lhes que me enviem. São histórias de vida!
Um abraço, Didi

Divanir Bellinghausen Coppini (Didi) é escritora e voluntária em São Bernardo - e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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