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Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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07/04/2012

Católicos ou não, todos comemoramos a Semana Santa.
É o tempo de lembrarmos toda a caminhada e o sofrimento de Cristo.
Lembro-me que quando era menina, que eu vivia assobiando. Meu pai, apesar de não freqüentar a igreja, chamava minha atenção. Eram dias de silencio e que deviam ser respeitados.
Cinema? Era a vida de Jesus na Sexta Feira Santa.
Não vou me ater aqui ao significado dessa semana, coisa que já fiz em crônicas passadas.
A alimentação que tínhamos durante a quaresma era a normal de todos os dias, mas na sexta, nunca faltou o bacalhau em nossa mesa.
No sábado além da malhação do Judas, eram liberadas as carnes. Dia de churrasco.
No domingo frango e coelho assado e mais um risoto e uma massa. Não se esquecendo da caipirinha antes do almoço e um bom vinho tinto acompanhando a refeição.
No sábado, quando crianças, íamos pela mata (sim... São Bernardo tinha uma bela mata!) com as sacolas para colhermos folhas e flores silvestres para fazermos os ninhos de coelho no jardim de nossa casa. Mais tarde fizemos o mesmo com os filhos e os netos. Difícil então hoje, é encontrar uma mata.
Passamos sempre esses feriados em Itanhaém.
Os filhos se reúnem lá, sendo uma ocasião especial para que todos se revejam, pois estão todos espalhados, cada um em uma cidade diferente.
No domingo pela manhã retornamos para São Bernardo para o almoço da Páscoa, quando ficamos, as quatro irmãs e os maridos juntos, com os filhos e os netos.
Somos muito felizes em poder compartilhar esses momentos todos reunidos, irmanados entre nós e com Deus.
Quando vemos famílias em que os irmãos não têm um bom relacionamento, isso nos traz muita tristeza.
A família é tudo neste mundo. Contando com ela nunca nos sentimos sós.
Agora, voltando a Sexta Feira Santa... A conversa é sobre o bacalhau.
Seja à moda do Brás, à portuguesa, as natas (deliciososo!) entre muitos outros.
Em janeiro um amigo de meu filho Roberto, o Fernando, preparou um bacalhau para nossa família em Itanhaém, do qual eu nunca havia ouvido falar.
Bacalhau com repolho! Achamos essa moda meio esquisita.
Vamos à receita:
Dessalgue as postas de bacalhau de boa qualidade.
Numa grande panela coloque em camadas:
Folhas de repolho? Em grande quantidade. Cebolas em rodelas, batatas em pedaços grandes, pimentões vermelhos picados, tomates em pedaços, alhos picados, folhas de louro, os pedaços de bacalhau, azeitonas pretas (muitas). Repita as camadas. Cubra tudo com folhas de repolho e acrescente um litro de azeite português. Entre tudo isso, uma pimenta dedo de moça picadinha sem as sementes. Está pronto quando as batatas estiverem macias.
Sirva com arroz branco e um bom vinho branco.
Nunca imaginamos que o prato é tão bom!
Espero que, se algum de vocês, que esteja lendo minha coluna tenha algum ressentimento com alguém, que este seja o momento para esquecer a mágoa e estreitar novamente os laços com esse parente ou amigo.
Com certeza o prazer que irá sentir o fará ficar muito mais feliz nessa sua caminhada.
BOA PÁSCOA!
Um abraço, Didi

Divanir Bellinghausen Coppini (Didi) é escritora e voluntária em São Bernardo - e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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