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Histórias do nosso amigo Beltran

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Como disse para vocês na matéria da semana passada, hoje eu vou contar os “causos” do nosso amigo Beltran que partiu deste nosso louco mundo.
Ele me contava que quando eu tinha uns 3 ou 4 anos, ele muito jovem , era marceneiro na fábrica de móveis de meu pai. No pátio onde ficavam as madeiras também ficava a lancha de meu pai apoiada em dormentes. Eu e meu irmão Ronald brincávamos em meio às madeiras. Meu irmão se pendurou no barco que virou sobre mim. Beltran pensou: A menina morreu!...Ao virar a lancha eu estava sentada em baixo, bem quietinha. Ele aliviado me pegou no colo me abraçando. Eu não tenho idéia disso, mas ele sempre me lembrava.
Ele viajava com meu pai Alberto e mais amigos pelo nosso (?) Brasil, levando suas espingardas para irem a busca de caça ou em pescarias.
A história da paca... Contada por Beltran, o maior fotógrafo da cidade de S. Bernardo.
Nos anos 50 e 60, a cidade escolhida para as caçadas era Cravinhos, no interior de S. Paulo. Na abertura da caça (tinha isso nessa época) os amigos se dirigiram para a cidade. O Dito Bambach e o Alberto foram ao barbeiro, e só isso já divertia os amigos, pois o cortador de cabelos ficava uma figura muita engraçada, pois, sendo muito alto, e tendo uma cadeira muito baixa, tinha que cortar as madeixas ficando com as pernas abertas. Lá se reuniam todos os matutos da região para falar de seus causos. Berto e Dito começaram a conversar:
- Puxa... Este ano quero ver se caço aquela paca que corre mais que um raio. Meu cachorro que acua qualquer animal não consegue acuar a paca. Alguém perguntou por que. . Bambach continuou:
- É que ela é um fenômeno da natureza. Tem 4 patas no peito e 4 patas nas costas. Assim, quando ela cansa, vira-se do outro lado e foge correndo, deixando o cão exausto.
Ai, Alberto entrou na conversa. Disse:
- Ah! Acho que você não vai mais poder caçar essa paca, porque eu a peguei há dois meses.
- Como? Disse o Bambach... Se todos que tentaram pega-la e não conseguiram?
Sabe. Disse o Berto, eu peguei dois cachorros e amarrei um nas costas do outro, quando ela mudava de posição, eles mudavam também. Foi assim que ela foi acuada e eu a cacei.
Bambach disse que foi pena ele não ter pensado nisso antes. Alguns matutos, diante a seriedade do causo, ficaram de boca aberta. Outros, que já conheciam as “figuras”, saíram para rir lá fora.
Numa outra eles estavam em Ourinhos e o Beltran resolveu ir caçar sozinho. Sem saber, entrou em uma fazenda que fazia divisa com a cidade vizinha. Foi pego caçando sem autorização. Disseram-lhe que ia ser levado para a cadeia da cidade. Com muito papo, conseguiu convencer o fazendeiro a soltá-lo, pois ignorava que tivesse invadido outras terras.
Ficou muito assustado e voltou para o hotel, contando tudo para os amigos.
No dia seguinte, o Alberto e o Bambach, dirigiram-se para a dita fazenda Passaram o dia todo fora, deixando a turma assustada com o que poderia ter-lhes acontecido. Ao cair da tarde, os dois retornaram com caça e uma leitoazinha já morta e limpa. Traziam legumes e duas grandes abóboras. Como?
Então, os dois contaram. Chegaram à fazenda dizendo que um era fiscal e o outro coronel. O fazendeiro recebeu-os super bem, convidando-os para caçarem em suas terras, almoçarem e ainda deu-lhes os legumes e a leitoa.
Quem pode, pode!
Nossos queridos partem mas deixam muitas boas lembranças para nós, que nunca mais os esqueceremos...
Um abraço, Didi

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