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O surto chegou?

Publicado em Editorial
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A Organização Mundial da Saúde (OMS), já considera todo o território chinês área de transmissão ativa do novo coronavírus. Até o momento, segundo a organização, já são mais de 7,7 mil infectados, somente na China, e mais de 56 casos confirmados em pelo menos 19 países. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou que o Brasil está vigilante sobre o comportamento do vírus e se prepara para prestar a melhor assistência necessária para a população.
Nos últimos anos, o país já lidou com a SARS, com H1N1, e ainda com surtos de febre amarela, em 2018. Ao todo, segundo a OMS, o SARS atingiu 30 países em cerca de 6 meses. Em 2003, um caso importado chegou a ser confirmado em uma menina de 4 anos no Brasil. China, Canadá, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã registraram os mortos pela infecção do SARS. Já a pandemia de H1N1 no Brasil, em 2009, 2010, segundo o Ministério da Saúde, gerou mais de 58 mil casos confirmados e cerca de 2,1 mil mortes.
Já o surto de febre amarela em 2018, o maior da doença, em décadas, gerou confirmação de quase 800 casos, com morte de mais de 262 pessoas, segundo o Ministério.
Na ocasião, o alarde na população foi tamanho, que os governos, federal, estadual, e todos os municípios do ABC se mobilizaram para realizar campanha de vacinação contra a febre amarela. Porém, em toda a região, a ação atingiu menos de 50% da meta definida. A população acabou não aderindo à vacinação por receio das reações após tomar a vacina e ainda por ela ser de dose fracionada. O resultado foi vacinas encalhadas.
Agora, o País segue para outro surto de infecções, o do coronavírus. O Brasil adere as orientações da OMS e o protocolo para síndrome aguda respiratória que define que pessoas que vieram da China, nos últimos 14 dias e que apresentem febre e sintomas respiratórios, podem ser considerados casos suspeitos e, portanto, serão monitorados. Outra orientação do Ministério da Saúde é que as pessoas viagem para a China apenas em casos de extrema necessidade.
Até o momento, o Brasil apresenta, no total, nove casos suspeitos da doença. Eles estão localizados em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Ceará. Os pacientes se enquadraram na atual definição de caso suspeito para o novo coronavírus, estabelecido pela OMS.
Ainda não se sabe se esses casos serão multiplicados e a situação se agravará no País. Um primeiro obstáculo que se aproxima do “controle” da disseminação da doença no Brasil será o Carnaval, data em que milhares de pessoas se aglomeram para participar de bloquinhos, festas e comemorações temáticas. Com tamanho contato físico entre as pessoas, será praticamente impossível seguir as orientações do Ministério da Saúde para reduzir o risco de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus, como evitar contato próximo com pessoas; realizar lavagem frequente das mãos; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; etc. Outro obstáculo que prejudicará o controle do vírus será a proximidade do outono, época de baixas temperaturas, na qual sempre registra-se aumento das doenças respiratórias.

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