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A corrida presidencial

Publicado em Editorial
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A disputa presidencial rumo às eleições de 2022 entrou em uma fase decisiva, em novembro, quando as principais pré-candidaturas já foram apresentadas e com a intensa movimentação dos favoritos e dos que tentam despontar na chamada terceira via.
Definições que se arrastavam por um longo tempo foram elucidadas, como a filiação do presidente Jair Bolsonaro (há dois anos sem partido) ao PL, a escolha do candidato das prévias tucanas, e o retorno do ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro (Podemos), ao Brasil, após temporada nos Estados Unidos, com acenos políticos eleitorais.
Agora, partidos travarão verdadeiras batalhas para atrair apoiadores, formar alianças, obter crescimento e consolidação nas pesquisas de intenção de voto. Por enquanto, 14 nomes já foram lançados ou ventilados como pré-candidatos ao Palácio do Planalto.
A polarização ainda se mantém firme, entre o presidente Bolsonaro (PL), que, apesar de registrar um desempenho não tão vigoroso, nas últimas pesquisas de intenção de voto, tem a caneta, a máquina pública nas mãos e está armado de boas jogadas políticas; e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem liderado as pesquisas, se apresentando como um salvador da Pátria. Mas, outros nomes são alvo de atenção: Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB) e Ciro Gomes (PDT).
Os cinco postulantes serão as peças fundamentais do tabuleiro eleitoral de 2022, pois influenciarão os rumos de toda e qualquer tratativa política rumo às urnas e, dificilmente, abrirão mão de suas candidaturas. Os senadores Rodrigo Pacheco (PSD) e Simone Tebet (MDB), cujo nome foi lançado pelo partido como pré-candidata à presidente, na quarta (8), também foram adicionados na raia da terceira via e poderão embaralhar a disputa.
Para o presidente Bolsonaro, a reeleição passará pelas manobras econômicas que o ministro Paulo Guedes terá que realizar para driblar os altos índices de inflação, a alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis, terá o bônus do Auxílio Brasil, que, ao substituir o Bolsa Família, foi ampliado e poderá chegar até a 17 milhões de brasileiros, com o benefício de R$ 400, além de turbinar emendas, cargos para conquistar apoiadores no Centrão e pavimentar palanques regionais. Como entrave, Bolsonaro poderá enfrentar resistência dos partidos do Centrão no Nordeste, reduto histórico petista.
A pré-candidatura de Lula poderá até ser testada pelo antipetismo, que ainda persiste em alguns setores da sociedade, mas tem saído na frente. Ao se apresentar como oposição ao bolsonarismo, afunila contato com aliados e refina conversas com partidos como PSB, PC do B, PSOL, e alguns setores do PSD, PP, MDB, com boa vantagem no Nordeste. Mas, Lula poderá ter impasses com Ciro, que tem boa articulação no bloco de centro-esquerda e também faz oposição a Bolsonaro.
Doria terá a hercúlea missão de pacificar e unir o partido, cujos tucanos saíram um pouco depenados das prévias, e se viabilizar como alternativa eleitoral. Como trunfo, o título de “pai da vacina”, mas terá que contornar muitas divergências internas, principalmente, com nomes ligados a Geraldo Alckmin (que deverá deixar a sigla), Aécio Neves e Eduardo Leite. E ainda evitar repetir o fiasco tucano nas urnas das eleições de 2018.
E Moro, que tem conquistado espaço na direita descontente com Bolsonaro, mas enfrentará resistência para obter apoiadores, posto que muitos parlamentares foram alvo da operação Lava Jato.
Até abril de 2022, ainda haverá muita movimentação no tabuleiro político, principalmente, na raia da terceira via. Por enquanto, é só aguardar como as “nuvens” se posicionarão.

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