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O aumento das tarifas bancárias

Publicado em Editorial
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O aumento das tarifas bancárias

O Banco Central (BC), no final de 2007, regulamentou as tarifas bancárias para colocar um fim na farra do setor. Mesmo com as regras, as queixas sobre as tarifas não pararam de crescer. Uma pesquisa realizada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), depois que foi mudada a nomenclatura do ranking de queixas pelo BC, em abril de 2009 até março de 2010, mostrou que mais de 1,4 mil correntistas reclamaram contra as tarifas. No mesmo período entre 2010 e 2011, as reclamações foram feitas por 5 mil correntistas, representando alta de 10% em um ano. Também, não é para menos, pois a pesquisa revelou que o Banco Santander, no seu pacote simples, aumentou de R$ 8,90 por mês em abril de 2008 para R$ 19,90 em março deste ano, uma alta de 124%.

Assim, um ranking sobre os bancos que mais encareceram seus pacotes de tarifas foi realizado pelo Estadão, publicado na quarta (11), que é o seguinte: 1) Santander (simples), 124%; 2) Banrisul (conta expressa), 53%; 3) Bradesco (cesta fácil), 49%; 4) Caixa (cesta fácil), 31%; 5) HSBC (super econômico), 23%, 6) Itaú (maxiconta Itaú econômica), 16% e 7) Banco do Brasil (pacote de serviços modalidade 10), 0% (ver o site do Idec: www.idec.org.br).
O Idec também faz um alerta: muitas instituições, nos últimos anos, incluíram em seus pacotes serviços adicionais aos existentes na época da decisão do BC. Por isso muitos clientes fazem o desembolso por serviço sem necessidade. Outro alerta, as normas do BC impedem a cobrança de tarifas “essenciais”: cartão de débito, quatro saques mensais no caixa da agência ou em caixa eletrônico, duas transferências mensais de recursos dentro da própria instituição, dois extratos por mês, uso do internet banking, compensação de cheques e fornecimento de até 10 folhas de cheques por mês. Para a gerente jurídica do Idec, Maria Elisa Novais, apesar da festa ainda na cobrança das tarifas bancárias, “o correntista, de um modo geral, paga pelo serviço sem ter necessidade. Além disso, não sabe bem o que pode ter gratuitamente e se o pacote oferecido está adequado ao seu nível de renda e necessidade”.
Com tanta cobrança e com o aumento das tarifas, as instituições bancárias continuam liderando o ranking anual de faturamento no País, sem vender e nem fabricar nenhum produto. Como exemplo, os quatro principais bancos brasileiros, Banco do Brasil, Itaú/Unibanco, Bradesco e Santander, que já apresentaram balanço do primeiro trimestre do ano, tiveram, somados, um faturamento de R$ 46,49 bilhões, representando um crescimento de 18,17% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Com tanto lucro assim, será que essas instituições ainda precisam cobrar as tarifas?
Última modificação em Quinta, 19 Maio 2011 11:06
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