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O ABC perde sua força política

Publicado em Editorial
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O ABC perde sua força política

A mudança do ponto final da Linha-10 Turquesa da Estação da Luz para o Brás, por determinação do presidente da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Manuel Bandeira, demonstrou, mesmo com uma bancada formada por oito deputados estaduais, que o ABC perde sua força política a nível estadual. Isso é confirmado com a presença do presidente da CPTM na audiência pública realizada na Câmara de Santo André, na segunda (22), quando ficou evidente o desprezo do referido cidadão para com esta região.

Vamos aos fatos: 1) em agosto de 2011, o presidente Bandeira transferiu o ponto final da Luz para o Brás, justificando que a medida seria temporária para execução de obras na via férrea; 2) após a conclusão do serviço, o ponto final continuou no Brás, apesar dele ter afirmado que a mudança seria temporária; 3) em janeiro deste ano, informou que a mudança do ponto final era definitiva: 4) o anúncio oficial da mudança saiu em cima da hora e ele fez sua “mea culpa” ao afirmar que “a empresa deveria ter feito um trabalho melhor para alertar os passageiros antes da decisão final”. Mais adiante deu outra paulada no ABC: “o Expresso ABC, que irá funcionar em 2015, passará a ter oito vagões, dois a mais que os atuais”. Ora, faz mudança no ponto final e depois diz que os prejudicados devem esperar mais dois anos ainda.
Realmente, o ABC não merece tanto desprezo assim, principalmente por parte de um executivo de uma empresa estatal, que deveria informar ao seu superior, governador Geraldo Alckmin, sobre as patacadas que fez com o ABC. O próprio governador, meses atrás, demonstrou um carinho especial pelo ABC ao liberar verbas em torno de milhões de reais para obras. O que não dá para entender é como uma autoridade, de segundo escalão, pode menosprezar uma região que tem quase três milhões de habitantes, oito deputados estaduais, três deputados federais, um Consórcio comandado pelos sete municípios locais, sede das principais montadoras do País, etc.
Por outro lado, a bancada de deputados estaduais deveria estar atenta desde quando a primeira medida contra a região foi tomada em agosto de 2011, quando o ponto final foi transferido para o Brás. Depois disso, mais cinco meses se passaram e não houve nenhuma reação ao contrário. Aceitaram passivamente as imposições do presidente da CPTM. Sobre isso, é bom lembrar um exemplo que vem de Bauru, cidade do interior do Estado, que tinha dois deputados estaduais. Na cidade eram inimigos figadais, quando o interesse de Bauru estava em jogo, eles se uniam como se fossem amigos desde criancinha. Isso está em falta na bancada dos deputados estaduais do ABC. Aliás, é bom lembrar que eleitores desses deputados são os usuários prejudicados com a mudança do ponto final para o Brás.Enfim, o ABC não merece isso, e de resto, seria importante dizer ao presidente da CPTM, Manuel Bandeira, que é uma pessoa “Persona Non Grata” ao ABC.

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