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A ida diária de 515,2 mil pessoas a S. Paulo

Publicado em Editorial
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09/03/13

A ida diária de 515,2 mil pessoas a S. Paulo

A macrometrópole de São Paulo, compreendendo 173 municípios entre a Vale do Paraíba, Baixada Santista, São Paulo, ABC, Campinas e São José dos Campos, tinha em 2000 mais de 23,6 milhões de moradores e passou para 26,4 milhões em 2010, representando um crescimento de 11,9%. Nessa região, o total de deslocamento diário de movimentos pendulares (bate e volta) cresceu de 1,6 milhão de moradores para 2,9 milhões, com crescimento da ordem de 81,2%.

Para se ter uma idéia de quantidade, basta dizer que esse total é como se toda população de Mato Grosso se deslocasse diariamente para outras cidades. Assim, a preferência dada por esses moradores é conseguir em outra cidade menor a tão desejada qualidade de vida. Um planejamento até 2040 já está em andamento para a macrometrópole. Nesta semana, foram marcadas audiências regionais sobre o Plano de Ação da Macrometrópole (PAM), compreendendo 173 municípios dessa região. Quando terminar as discussões, deverá ficar pronto o documento com diretrizes até 2040. A Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano) revela que o PAM se divide em três eixos: melhorar a conectividade entre as cidades e as regiões metropolitanas do Estado, dar coesão territorial e urbanística e garantir a administração do projeto. O desafio maior é conseguir que os projetos sejam utilizados.
Por outro lado, com dissemos na semana passada, a capital paulista recebe diariamente 1,1 milhão de pessoas das cidades da área metropolitana, das quais 515,2 mil moradores das sete cidades do ABC. Antes, era possível residir na região. Agora, o ABC está igual a São Paulo na correria diária. De Santo André, vão para São Paulo diariamente 140,8 mil pessoas; São Bernardo, 125,3 mil; Mauá, 90,4 mil; Diadema, 83,7 mil; São Caetano, 36,8 mil; Ribeirão Pires, 24,5 mil e Rio Grande da Serra, 13,3 mil pessoas. Esse deslocamento obedece ao movimento pendular, sendo considerado somente maiores de 15 anos. A pesquisa foi realizada pelo Núcleo de Estudos da População (Nepo), da Unicamp, a pedido da Emplasa, divulgado pelo Estadão, na edição de quarta (27). Tudo isso tem a finalidade de realizar planejamento de mobilidade e habitação, com objetivo de melhorar a qualidade de vida. Porém, atualmente o que prejudica esse deslocamento para João Sette Whitaker Ferreira, professor de arquitetura e urbanismo da USP e Mackenzie, é que “na região metropolitana de Paris ou Londres há uma rede de transporte público fenomenal. No Brasil, não. Logo, essa dinâmica fica mais focada em uma população que pode pagar o transporte particular, como fretado, ou ter um carro. Essa população que tende a entrar mais nessa dinâmica de movimentação pendular”.

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