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Dia Nacional do Imigrante Italiano 21 de fevereiro

Publicado em Luiz José M. Salata
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A  chegada dos primeiros imigrantes italianos ao Brasil, está oficializada através da Lei Federal nº 11.687, sancionada em 02 de junho de 2008, justamente no Dia da República Italiana, de iniciativa do saudoso Senador Gerson Camata, oriundo do estado do Espírito Santo, rincão  que em primeiro aportaram as primeiras famílias no Brasil. A homenagem traduz a influência significamente com a imensurável contribuição dos oriundi, pois integraram  todos  os segmentos e aspectos da vida nacional ao longo do tempo percorrido com a força do trabalho ao país. Retornando à história, por volta do século XVIII, os italianos alcançaram a libertação do jugo austríaco, pois em 17 de março de 1861, com a Unificação da Itália, após quarenta e sete anos de invasão, com a efetiva e vitoriosa participação do Rei Vittorio Emanuele II, da Casa de Sabóia, Rei do Piemonte e da Sardenha, e de Camilo Benso, o Conde de Cavour, seu Primeiro Ministro. Ambos lideraram um movimento sui generis que contou com a população, considerados patriotas, com o triunvirato dos Giuseppes: Masini, através do seu jornal, Il Risorgimento, no qual escrevia artigos denunciando a situação pela ilegal ocupação e pregando um movimento de libertação; Verdi, o autor da ópera Nabucco, e por várias analogias suscitou o sentimento nacionalista italiano. Na apresentação da ópera, no terceiro ato, ”O Coro dos Hebreus (Va pensiero, sull’alli dorate)” que retrata a escravidão dos hebreus na Babilônia, tornou-se a música símbolo, o que significou para os italianos a mesma situação de perda da pátria, e com isso a deflagração política; e Garibaldi, o general dos dois mundos, notável comandante por sua firme atuação que juntou os exércitos de libertação e seguindo para o norte foi expulsando os invasores. A Itália ficou  livre, mas resultou em grave estagnação após todos esses anos de ocupação pelos invasores, pois que nada tinha sobrado para o desenvolvimento e reconstrução, necessitando assim de imediata solução de sobrevivência. Nessa época, o Brasil carecia do trabalho braçal nas fazendas de café dos paulistas e também de outros estados, que cultivavam o ouro brasileiro dessa época. O Imperador D. Pedro II, e o Rei Vittório Emanuele II, da Itália, que eram primos, entabularam acertos para a emigração ao nosso país de famílias italianas que necessitavam de nova vida e trabalho e, assim foram sendo cadastrados e convocados através das companhias de colonização. Para tanto, foi feito cartaz, o qual continha: ”Terre in Brasile per gli Italiani. Venite a construire i vostri sogni com la famiglia. Un paese di opportunitá. Clima tropicale vito in abbondanza. Ricchezze minerali. In Brasile putete havere il vostro castello. Il governo dá terre ed utensilli a tutti. ”O chamamento deu certo, pois com o evidente interesse comum entre a Itália, que necessitava recompor as famílias no trabalho e, o Brasil, que clamava por mão de obra. O acordo resultou  na primeira viagem de italianos que  emigraram para o Brasil, iniciando-se no dia 03 de janeiro de 1874, no porto de Gênova, com 386 famílias, no navio a vela La Sofia, na expedição fretada por Pietro Tabacchi, para as suas terras  em Santa Cruz, no Espírito Santo, atual Nova Trento, chegando em 21 de fevereiro de 1874. Foi a primeira leva de viagem em massa de italianos para cá, vindos do norte da Itália. E, seguidamente, os ita-lianos passaram a vir para o Brasil, em grande  número  de grupos familiares de outras regiones. A cantoria da música folclórica Mérica, Mérica, servia de alento durante a viagem nas dúvidas de como seria o destino final e, com o slogan: “Dio, Famiglia, Lavoro”,  com fervor e vontade férrea para o trabalho. Em São Bernardo as primeiras dezessete famílias aportaram no Rio de Janeiro, em 25 de setembro de 1877, no navio Sud’America, indo para Santos e subindo a Serra do Mar, aqui chegaram na segunda quinzena de outubro. Formaram aqui uma grande colônia e trabalharam para a mudança do perfil da Vila de São Bernardo, como também foram para São Caetano do Sul e Santo André, na mesma época, demonstrando força e habilidade e que resultou na grande e indiscutível contribuição para o progresso e desenvolvimento da região. São trinta milhões no país, a maior população fora da Itália. Os italianos integraram-se nas famílias brasileiras cultivando a cultura, os costumes e as tradições da Itália, enriquecendo as relações ítalo-brasileiras, pois se engajaram nas lutas sociais, proliferaram os seus membros, fizeram prosperar cidades com construções, lavouras e plantações e se motivaram nas artes, design, moda, música, teatro, culinária, cultura, rádio, teatro, religião, comércio, indústria, vinho e dança. Tudo isso em 142 anos.

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