O ingresso profissional na área criminal pelo Dr. Paulo José da Costa Júnior, se deu de maneira inusitada, pois envolvido no interesse de um processo de Júri, na Capital, de um parente próximo, passou a acompanhá-lo até a realização da sessão plenária,  que culminou com a condenação do réu. A família dele, inconformada com o resultado convidou-o para assumir a defesa em segunda instância, ele aceitou o desafio para enfrentar o julgamento da apelação perante o Tribunal de Justiça, quando  fez sustentação oral e foi bem sucedido, pois conseguiu a redução da pena. O momento foi apaixonante, pois indicou o novo caminho, passando a estudar a fundo a doutrina penal e apreciar os grandes casos de competência do júri, o que lhe exigia longo tempo nas pesquisas e visitas nos presídios para as entrevistas com os detentos. Ansiava pela estréia em sessão plenária que se deu na defesa de processo de tentativa de homicídio. Após caprichada e bem elaborada sustentação da tese de desclassificação do crime tentado para lesões corporais, foi vitorioso, o que muito lhe entusiasmou, confirmando assim a aptidão por essa área do direito. Em seguida, defendeu uma prostituta que ateou fogo no seu cáften, e com resultado positivo pela forte atuação, ficou mais conhecido  e pela fama adquirida diante desse trabalho passou a visitar o presídio feminino para entrevistar as novas clientes. Assim, percebeu que trilhava o seu verdadeiro caminho, o direito penal.Numa das visitas à penitenciária masculina, conheceu Gino Amleto Meneghetti,conhecido das manchetes como o ladrão romântico e pelos mais antigos.  A ele  se dirigiu, pedindo que assumisse o seu processo, mesmo não dispondo de condições financeiras para pagar os honorários. O Dr. Paulo José, piedoso interessou-se pelo caso e de pronto aceitou, e debruçando-se minuciosamente no processo  ingressou com revisão criminal e alcançando no julgamento a desclassificação de crimes, conseguindo a sua liberação da prisão, com o alvará de soltura. Foi uma notícia bombástica na imprensa brasileira que, unânime consagrou o trabalho do já famoso advogado, com notícias de larga repercussão, principalmente pelo fato de ter  acreditado na tese abraçada que resolveu a situação processual. Nessa época convivia com renomados advogados criminalistas, como Dante Delmanto, considerado o Príncipe dos Advogados Criminalistas, que já estava se afastando das lides forenses, Waldir Troncoso Perez, Américo Marco Antonio, Alfredo Farah e outros. No Ministério Público despontavam Hamilton Dragomirof Franco, Nilton Silva, Werner Rodrigues Nogueira e Virgílio Lopes da Silva (que foi casado com a Desembargadora Luzia Galvão, que atuou como Promotora Pública em São Bernardo). Na vida acadêmica, iniciou como Assistente do renomado  Prof. Edgar Magalhães Noronha,  de Direito Penal da Faculdade de Direito do Mackenzie.Nessa época fui seu aluno, quando me afeiçoei pela matéria deveras influenciado por sua postura na cátedra, como na defesa nas sessões plenárias do júri, que eu sempre comparecia no 1º Tribunal do Júri do Palácio da Justiça, tendo assistido vários deles.Para prosseguir na vida acadêmica,ganhou bolsa de estudos para a Itália, e teve o Prof. Giuliano Vassali, como orientador, e que foi Ministro da Justiça e Ministro da Suprema Corte. Conviveu nesse tempo com o Prof. Giuseppe Bettiol, emérito jurista, deputado, senador e ministro em duas oportunidades. Ao retornar, com o doutoramento em direito Penal, foi guindado a titular na cadeira de Direito Penal no Mackenzie. Mas, a clientela tinha se afastado pelo tempo no exterior, e somente após brilhante atuação no caso da esquartejadora da Casa Verde, quando absolveu a ré, seu nome foi relembrado.Reconquistou a fama com esse trabalho no julgamento, mas estava imbuído de prosseguir no intento da livre-docência, na Itália, que era sua grande aspiração, mas alternando com a advocacia criminal.