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“Nosso governo é o mais realizador da história”

Publicado em Cidades
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O prefeito Luiz Marinho, que está finalizando oito anos de administração, revela que “o sentimento reproduzido na rua, pela população é um sentimen-to do governo mais realizador na história da cidade. E a mim, um motivo de muita satisfação”. Marinho afirmou que houve uma grande transformação na cidade e que “será muito importante a sequencia, para São Bernardo olhar para 2025, 2027 e ter uma economia mui-to mais consistente do que temos hoje”, afirmou. Ma-rinho espera eleger Tarcisio como sucessor. “Para a cidade seria um grande prejuízo a não eleição do Tarcisio”, disse.

 

Folha do ABC - O sr. termina neste ano o segundo mandato. Qual é a análise que o sr. faz sobre os oito anos de governo. O que a cidade conquistou na sua gestão? (breve relato)
Luiz Marinho - A principal análise é a da cidade, nem gosto de falar muito de mim, das minhas realizações, procuro reproduzir nessas respostas, o que tenho ouvido na cidade de maneira geral e das várias intervenções que estamos fazendo em São Bernardo. Vocês acompanharam bem a disputa em 2008 e na reeleição em 2012 e acompanharam nossas discussões sobre o Plano de Governo em 2008, e as condições que assumimos a cidade em 2009 e o sentimento reproduzido na rua, pela população é um sentimento do governo mais realizador na história da cidade. E a mim, um motivo de muita satisfação. O que eu posso falar é de algumas áreas e qual situação que nós assumimos, e o que conseguimos evoluir, e que vejo como necessidade para o futuro. Na área da Saúde, por exemplo, que era o principal problema reclamado pela população nas eleições de 2008, nós construímos uma grande reestruturação da saúde pública na cidade. Hoje, posso dizer com tranquilidade, que São Bernardo participa de um seleto grupo de cidades, com uma bela rede pública de saúde. Nesse processo nós reestruturamos o conjunto das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Vocês se lembram da péssima qualidade que tinha as UBSs, os PSs, enfim, nós reestruturamos inteiramente essa rede, aumentando drasticamente o número de profissionais na saúde, nas diversas áreas, introduzimos nove UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), que inexistiam, e que têm grande resolutividade, um grande índice da população frequenta as nossas UPAs. Construímos o Hospital de Clínicas, salvando muitas vidas, é o hospital que mais realiza cirurgias ortopédicas da região. Introduzimos o Programa de Internação Domiciliar (PID), temos a ordem de mais de 400 pessoas internadas em casa, como se houvesse um grande hospital com 400 leitos. Isso humanizou muito esse tratamento, é uma grande satisfação das famílias que são atendidas por esse programa. Há ainda o Programa de Saúde da Família, por meio de nossos agentes comunitários, a reestruturação dos Centros de Especialidades, criando as nossas Policlínicas, como por exemplo, a localizada na Av. Armando Ítalo Setti, que é um padrão de fato de se orgulhar, na saúde pública e que poucos convênios privados terão condição de se equiparar a esse equipamento. Ainda temos o Programa de Bem com a Vida, casado ao Esporte, que é um programa de muito sucesso também, onde, especialmente, as pessoas mais maduras, principalmente as mulheres, relatam que reduziram a quantidade de medicação que tomavam. Enfim, temos muita coisa que avançamos e sempre haverá mais o que fazer. Costumo dizer que nunca vamos terminar, é como em casa, sempre queremos aperfeiçoar alguma coisa, melhorar, ampliar, renovar, mais diria que a rede de saúde é espetacular. Vamos iniciar a construção do novo Hospital de Urgências, nesse segundo semestre ainda, para substituir o Pronto Socorro Central, que hoje é fisicamente inadequado para a quantidade de atendimento que fazemos.
Na Educação, tiramos a cidade de uma situação, na qual tínhamos 33 Emebs com salas de rodízio, onde crianças chegavam de manhã e não tinham lugar para todo mundo. Além das demais com salas super lotadas e ainda, na periferia da cidade, as professoras eram todas substitutas, não tinham professores efetivos e isso refletia na qualidade de ensino. Havia um desnível grande entre a qualidade de ensino dos bairros e do Centro. Equalizamos esse processo, com professores efetivos, buscando atingir as metas que o MEC (Ministério da Educação e Cultura) estabelecia, de forma antecipada, eliminando as salas de rodízio e escolas de latas, eliminando as salas superlotadas, ampliando e atendendo 100% da demanda de Ensino Infantil. Então, de quatro anos para cima, o ensino está universalizado na cidade. Vamos, até o final deste ano, somar a entrega de 22.700 novas vagas, sendo 15 mil vagas de creches. Então de quatro anos para cima, está universal, creche sempre vai ser muito complicado atender 100% mas, nós ampliamos bastante o atendimento das creches, de forma, a melhorar muito, também a rede de Educação, atingindo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 6 em 2013, meta prevista pelo MEC para 2022.
Além, de ampliar o ensino profissionalizante, capacitar nosso quadro de servidores, melhorando o nível de graduação, por meio de convênios com a USP, com a UFABC. Temos um grande investimento na melhoria da reestruturação de escolas, introdução dos CEUs (Centros de Artes e Esportes Unificados), e a necessidade de continuar modernizando outras unidades escolares. Tínhamos um parque de equipamentos muito precarizado, com al-gumas escolas, herdadas do Governo do Estado, com falta de acessibilidade, enfim, um grande problema.
No Esporte, vamos lembrar que São Bernardo teve uma conquista em 1973, foi campeã dos Jogos Regionais e dos Jogos Abertos, depois nunca mais na história. Fomos campeões dos Jogos Regionais em 1973, 2011, 13, 14, 15 e 2016, ou seja, de seis vezes campeãs, cinco foram em meu governo. Dos Jogos Abertos, além de 1973, fomos em 2011, 13, 15 e vamos disputar em 2016; das quatro vezes, três foram durante meu governo. Na Cultura recebi a cidade com um teatro em funcionamento, precariamente, o Elis Regina. Além de colocar todos, novamente, em funcionamento, nós criamos um novo teatro no CEU Regina Rocco, outro no CEU Celso Daniel e o da Paulicéia iremos entregar agora, também. Nós colocamos uma nova marcha, uma nova vibração para a cidade.
Se falarmos de Mobilidade, nós programamos um processo de investimento forte, o planejamento de doze corredores, nós estamos executando quatro, vão ficar oito planejados, contratados, para a sequência. O corredor Leste/Oeste está em execução, há alguns trechos importantes que vamos entregá-los até o final do ano, assim como o trecho do corredor Alvarenga, entre outros que há uma grande transformação de curso em São Bernardo.
Se falarmos de Habitação, nesses oito anos, nós eliminamos muitas áreas de risco. Quem passar pela Via Anchieta e observar em frente a Volkswagen, no Jardim Silvina, naqueles morros, terá o retrato do que estou dizendo, de 2009, quando eu assumi e de hoje, quantos prédios quanto processo de urbanização nasceu ali. Houve um processo de transformação muito grande. Mas isso também se repete no Parque São Bernardo, no Capelinha, no Cocaia, no Jardim Lavínia, no Três Marias, no Sítio Bom Jesus, enfim, houve um conjunto de intervenção habitacional na cidade muito grande, na favela do Ipê, Naval, onde removemos 100%. Não é simplesmente a eliminação de favelas e de áreas de risco, mas, regularização fundiária, que até então inexistia, enfim.
As transformações estão em curso e não estão consolidadas e concretizadas em várias áreas. Nós temos o estímulo de muitos setores privados para fazer investimentos na cidade, como é o caso do novo Centro de Distribuição dos Correios que está em construção na cidade, da necessidade de construção do Parque Tecnológico, de viabilizar o aeroporto, enfim, temos muito desafios colocados aí, com necessidade de resposta do setor privado, que depende muito dessa transformação em curso na cidade. E essa transformação eu vejo, como importante, como sequencia, para a cidade olhar para 2025, 2027 e ter uma economia muito mais consistente do que temos hoje. Em todas as áreas, seja na Saúde, Educação, tudo, colocamos numa nova marcha, numa nova vibração para a cidade.

Folha -  Os programas sociais implantados nestes oito anos melhoraram a qualidade de vida dos moradores? O sr. poderia dar algum exemplo sobre os benefícios concedidos aos moradores?
Marinho - Há a formação profissional, tem muita gente empregado, trabalhando a partir disso, além dos pro-gramas sociais, por meio da nossa Secretaria de Desenvolvimento Social, por meio do programa Oportunidade, que muitos chamam de frente de trabalho, no qual temos muita gente sendo beneficiada, principalmente os jovens. Há o Banco de Alimentos que atende 6,5 mil famílias na cidade, todo cadastro do Bolsa Família, interagindo com o cadastro nacional, temos um complemento de programas sociais. Gosto mais dos programas estruturantes e da mudança de condição pra valer das pessoas, como é o caso do pro-grama habitacional. Tirar uma família de cima do esgoto, da área de risco, que toda vez que ao relampejar fica em desespero por conta da possibilidade do barraco ser levado pela chuva, para uma moradia segura, é uma transformação muito grande.

Folha - O projeto Drenar já marcou época em São Bernardo pela coragem de realizá-lo. Até o final de sua administração o sr. irá entregar a obra finalizada?
Marinho - Estamos consolidando, terminando a obra do Demarchi, que neste ano se não fosse a obra teria dado enchente mas, não deu. O Vivaldi-Orlandina, bacia do Rudge Ramos, a mesma coisa, todo ano, por pouco que chovesse dava enchente, esses dois últimos anos não houve mais. Tem gente que passou a comprar casa, valorizou os imóveis na região. No Centro da cidade a obra continua a todo vapor apesar de ter muitos que dizem que a obra está parada, evidentemente que não têm como acompanhar o que está acontecendo, mas se disporem a descerem 20 metros de profundidade, poderão ver. Essa obra terminará o sistema, porque tem gente que acha que a obra é só o piscinão. O piscinão é a menor parte da obra. O sistema estará pronto até o final do ano. Em 2017 não teremos mais enchentes no Centro da cidade. Só não vou conseguir fechar o piscinão, porque o governador Geraldo Alckmin se comprometeu comigo em fechar, com R$ 50 milhões. Porém, até hoje, nenhum centavo foi recebido.

Folha - Na área política o sr. tem muito prestígio. Qual será o seu futuro ? O sr. conseguirá eleger seu candidato Tarcisio Secoli prefeito de São Bernardo?
Marinho - Espero eleger o Tarcisio, meu sucessor. Para a cidade seria um grande prejuízo a não eleição do Tarcisio. Ele é muito preparado, e em grande parte, preparado inclusive por mim, apesar de ser mais jovem que ele. Mas, o Tarcisio foi meu Tesoureiro no Sindicato, também Secretário Geral, nós reestruturamos o sindicato, fizemos parte desse processo. Então, é a mesma escola, a mesma visão, o mesmo entendimento de cidade e de projeto. Ele veio coordenar a minha campanha em 2008. Depois, o convoquei para vir ajudar a pensar na cidade, então, desde o início, ele coordenou a campanha, ajudou a conceber e a implantar todos os projetos portanto, seria uma sequência natural, e o fato, de o primeiro mandato ter sido coordenador de governo, e no segundo mandato ter colocado ele para tocar obras, foi justamente para completar essa preparação para a eventualidade da candidatura a prefeito.
O meu futuro, de fato, vai depender muito do que o partido deseja, para que eu cumpra como tarefa. Para mim a eleição do Tarcisio é importante em especial para a cidade. O PT me tem como uma liderança importante, por isso, olho a cidade como o nosso primeiro desafio, o da continuidade, depois vamos aguardar.

Folha - Qual o presente que o sr. pretende dar à cidade neste aniversário de 463 anos?
Marinho - O presente que dou para a cidade é esse conjunto de transformação. E se a cidade quer me dar um presente eu peço a eleição do Tarcisio.

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