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Brasil faz participação histórica no Mundial de Natação Paralímpica

Publicado em Esportes
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A Ilha da Madeira entra para a história do esporte paralímpico brasileiro como o local em que os nadadores do país realizaram a maior campanha de todos os tempos em um Campeonato Mundial. Após sete dias de provas, o Brasil terminou na terceira colocação com 19 ouros, 10 pratas e 24 bronzes, o que totalizou 53 medalhas.

A Itália sagrou-se campeã geral, com 27 ouros, 24 pratas, 13 bronzes e 64 no total. Os Estados Unidos terminaram no segundo posto, com 24 ouros, nove pratas e sete bronzes (40). Até as últimas provas deste sábado, a Grã-Bretanha permaneceu no encalço do Brasil pela terceira posição.

Em algum momento durante as finais da tarde, as duas nações estiveram empatadas com 17 ouros e 10 pratas, mas o Brasil manteve-se em terceiro por ter 24 bronzes, contra sete dos britânicos. Somente com o ouro de Gabriel Bandeira, na última prova individual do programa, nos 100m borboleta da classe S14, para atletas com deficiência intelectual, que o Brasil conseguiu desgarrar da perseguição britânica.

Os britânicos ficaram em quarto com 17 ouros, 13 pratas e oito bronzes. Se levarmos em consideração o quadro de medalhas pelo total de premiações, independemente da posição, o Brasil foi o segundo melhor do Mundial, com 53, e a Itália mantém-se na liderança com 64.

“Muito felizes com os resultados conquistados, foi um trabalho árduo, um processo de renovação muito grande, e um misto com alguns atletas com boa experiência, numa troca muito boa que contribui para esta campanha, o que nos deixa bem confiantes para o que pode acontecer nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Claro que tem muito caminho pela frente, mas ficamos confiantes. Temos de agradecer a todos os clubes, aos treinadores e à equipe multidisciplinar que deram todo o suporte para que pudéssemos realizar esta campanha histórica”, disse Jonas Freire, diretor de Alto Rendimento do Comitê Paralímpico Brasileiro.

“É uma honra fazer parte dessa campanha histórica. Imagina, daqui uns 10 anos, o pessoal vai ver que o Brasil fez essa campanha neste Mundial e eu ser um dos participantes, para mim é uma grande honra”, vibrou Bandeira, o dono do último ouro brasileiro em Funchal. “Contribuir para esta campanha histórica do país, fazer parte disso é escrever a história minha e do meu país”, disse, emocionada, Mariana Gesteira, a campeã dos 50m livre da classe S9.

O Brasil participou do Mundial de natação na Ilha da Madeira com 29 atletas, sendo 13 estreantes. A campanha do Brasil superou a de Eindhoven 2010, quando conquistamos 14 ouros, 13 dos quais com a participação da dupla Daniel Dias e Andre Brasil - ambos aposentados do esporte de alto rendimento atualmente. Ultrapassamos também o Mundial de 2017, na Cidade do México, quando fomos 36 vezes ao pódio. Naquela ocasião, no entanto, o evento não contou com a participação de Rússia, Grã-Bretanha, Austrália, Canadá, entre outras nações, em decorrência de um terremoto que adiou o início da competição.

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