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Educação à deriva

Publicado em TITO COSTA
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O presidente Jair Bolsonaro vem caprichando em seus erros e/ou enganos no comando desse desastrado governo que, infelizmente, ainda teremos por mais três anos, caso não seja interrompido por razões que escapariam de seu controle e de sua vontade. São erros palmares que um chefe de Estado não pode insistir em praticá-los. Exemplos  mais gritantes são os que vêm sendo utilizados e reiterados em casos de escolha de seus auxiliares mais diretos, os ministros.
Exemplo número um: seu ex-ministro da Justiça Abraham Weintraub que ficou famoso por suas malcriadas intervenções públicas, destacando-se uma em reunião ministerial de 22 de abril passado quando referiu-se aos ministros do Supremo Tribunal Federal como "vagabundos" que deveriam ser todos demitidos ao critério do presidente Bolsonaro. Assim fez aos brados apontando para o prédio do Supremo dizendo que "por mim demitiria a todos", como se fossem meros auxiliares subalternos de um  governo ditatorial. Esse mesmo Weintraub, sem compostura de ministro de Estado, acabou por deixar o governo na calada da noite, tomando um vôo direto para Miami, ali desembarcando ainda sob a proteção  do cargo de ministro, com passaporte diplomático, tendo o ato de sua demissão de ministro  da Justiça do governo brasileiro levado no bolso para exibição ali no momento oportuno  quando o ato fosse aqui publicado, estando ele livre de qualquer eventual punição se ainda estivesse em solo brasileiro. Deixou de ser ministro quando já em solo americano, nos Estados Unidos, exonerado aqui por Bolsonaro, num expediente de todo reprovável e reprovado, próprio de alguém precisando de estar já ex-ministro se encontrasse fora do alcance das autoridades brasileiras para eventual punição, assim como um delinquente qualquer, fugindo da justiça. Consta que ali deverá exercer uma função remunerada no Banco Mundial, que já vem se colocando contrário à nomeação. Enfim, um expediente próprio de um delinquente que se coloca fora do alcance da justiça aqui no Brasil numa fuga sob a proteção do governo do Brasil.
Outro caso, este mais recente: a nomeação e demissão quase imediata de também outro Ministro da Educação, cinco dias após sua escolha, para substituir Weintraub. Trata-se de Carlos Decotelli, cuja passagem fugaz no cargo durou cinco dias, após a revelação de que seu curriculum continha informações  falsas, pois os detalhes dele constantes não eram verdadeiros,  o que significava situação impeditiva para tão elevada função governamental em primeiro escalão do governo federal. Existe entre nós plena consciência sobre o papel decisivo da Educação para o desenvolvimento do país, razão bastante para que seu ministério não seja ocupado por alguém não suficientemente preparado para tão importante função no governo.
Já era tempo de Bolsonaro deixar de cometer tais erros na escolha de integrantes do primeiro time do governo. Faltam-lhe bons conselheiros para auxiliá-lo nessa importante tarefa, além do fato de já decorridos quase dois anos de exercício de tão relevante função, agora entregue a alguém no governo, como Bolsonaro, depois de cinco mandatos como deputado federal, com previsível experiência no trato da  difícil tarefa de comandar o serviço  com dedicação e competência.

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